Nos últimos anos, a prevalência de diabetes mellitus multiplicou-se exponencialmente para chegar a 9,4% no Brasil em 2021, sendo o tipo 2 o mais frequente entre os afetados. Segundo as estatísticas, praticamente um em cada 10 adultos brasileiros tem diabetes, uma taxa que coloca o país em alerta também em relação às complicações causadas por essa doença crônica.
Isso porque as pessoas com diabetes podem sofrer de inúmeros problemas vasculares, sendo um deles o conhecido pé diabético, que “pertence ao grupo de síndromes em que aparecem úlceras, infecções ou perdas de tecido profundas associadas a neuropatia e diferentes graus de patologia vascular periférica", explica o cirurgião vascular Fernando Bacalhau.
LEIA TAMBÉM:
Mortalidade por câncer no Brasil deve cair até 2030
Alimentação: jantar fora de casa pode sair mais em conta
Os especialista em angiologia insiste que a prevenção, o diagnóstico precoce e o bom acompanhamento são fundamentais para evitar complicações graves no pé diabético.
Segundo ele, os problemas de circulação que acompanham a diabetes tornam mais difícil a irrigação de sangue na região dos pés e fazem o paciente perder progressivamente a sensibilidade nos pés, dificultando o diagnóstico e tratamento precoces.
“A falta de sangue pode causar a morte do tecido, tornando uma simples lesão em um problema bastante sério, como a necrose”, alerta Bacalhau.
Por essa razão, o cirurgião vascular ressalta a importância do paciente dedicar uma atenção especial e constante aos pés, sempre procurando por quaisquer lesões, áreas avermelhadas ou alterações nas unhas, bolhas e mudança no aspecto do membro.
Confira a seguir as recomendações do especialista para prevenir o pé diabético:
Examine os pés diariamente para verificar se há alterações ou lesões;
Proteja os pés com meias e sapatos adequados;
Coloque os pés para cima quando estiver sentado;
Mexa os dedos diariamente e faça exercícios frequentes se não tiver feridas;
Corte as unhas dos pés em linha reta, mantendo-as sempre curtas (unhas arredondadas podem crescer para dentro, causando infecção);
Nunca raspe os calos ou tire pele em excesso dos pés, pois pode aumentar o risco de infecção;
Hidrate os pés, mas mantenha a região entre os dedos sempre seca.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar