Neste mês dezembro, com a festas de confraternização de empresas, Natal e Ano Novo, há um relevante aumento no consumo de alimentos e bebidas, que muitas vezes, ingeridos sem o devido cuidado, podem causar mal-estar, indisposição e até resultar em procura por atendimento médico. Pensando em contribuir com a prevenção dessas ocorrências e com a manutenção da saúde das pessoas nesse período, o Hospital Regional Público do Leste (HRPL), situado em Paragominas, sudeste paraense, por meio da nutricionista Clínica, Hayenne Matos, dá dicas que, se levadas em consideração poderão garantir festas sem eventuais problemas de saúde.
Não fazer jejum antes e depois das ceias, é a primeira orientação feita pela nutricionista. "É de suma importância manter a rotina normal nos dias de festa. Não se deve fazer jejum nem antes, nem depois das ceias. Realizar o jejum sem acompanhamento pode aumentar os níveis circulantes de grelina (hormônio responsável por estimular o apetite).
Sobre os tipos alimentos mais adequados durante as festas de final de ano, a nutricionista aconselha o consumo de preparações ricas em proteínas, fibras, como: saladas folhosas com molhos leves e frutas da época. Ela também sugere sobre a melhor forma de compor o prato.
"Escolha de forma saudável a composição do prato, olhe e saboreie cada alimentos. Modere quando for consumir doces e guloseimas, assim como álcool e gorduras. Mastigar bem os alimentos não só estimula a saciedade como previne sintomas de má digestão pós-prandial. Adapte suas receitas favoritas diminuindo óleo, acrescentando mais fibras, diminuindo açúcar ou assando ao invés de fritar", destaca.
COMO GUARDAR AS SOBRAS
Ainda conforme Hayenne Matos, o não acondicionamento adequado dos alimentos, que geralmente sobram para o dia seguinte, também pode trazer problemas de saúde, já que nas festas de fim de ano é comum os excessos na hora do preparo das refeições para as ceias de Natal e de Ano Novo, resultando em sobras para os dias seguintes.
"Os cuidados devem ser realizados desde o momento da escolha correta do alimento, higienização adequada, boas técnicas de preparo, e também realizar um bom armazenamento dos alimentos", reforça a nutricionista, acrescentando que os alimentos devem ser armazenados de forma a impedir a contaminação e/ou a proliferação de microrganismos.
"Os recipientes e embalagens devem estar protegidos contra alterações e danos. Um fator importante é o tempo e temperatura de exposição dos alimentos, as preparações quentes devem estar com a temperatura superior a 60°C por no máximo seis horas; já as reparações que são servidas frias devem ser mantidos em temperaturas inferiores a 10°C por no máximo quatro horas", recomenda a nutricionista clínica.
De acordo com a profissional, deve-se considerar como melhor método para conservar os alimentos após seu preparo, a refrigeração ou o congelamento.
"No caso do peru assado, chester ou bacalhau, por exemplo, o recomendado é guardar a porção que será consumida em um recipiente fechado sobre refrigeração, podendo ser consumido em até três dias no máximo. Produtos à base de ovos ou adicionados em sua preparação, como maionese ou salpicão deve ser consumido em até 24 horas após armazenados em recipientes fechados sobre refrigeração. Vale seguir a recomendação do fabricante no caso dos panetones e outros industrializados, mantendo-se atentos quanto a validade após abertura. Para os pães e torradas devem ser armazenados em local seco e arejado.
Para armazenagem ainda mais segura a nutricionista diz que "pode-se utilizar de recipientes hermeticamente fechados, já que impedem, perfeitamente, a entrada e saída de ar. A vedação possibilita o bloqueio da passagem do ar do ambiente externo para o interno. Impedindo o desenvolvimento de micro-organismos, responsáveis por degradar os alimentos, e o surgimento de insetos."
RESSACA
Outra coisa que pode atrapalhar o bem-estar, nesse período festivo, é ressaca. De acordo com Hayenne Matos, esse tipo de indisposição acontece devido a sintomas físicos e mentais causados pela intoxicação pelo álcool.
"Para eliminar o álcool do organismo, o fígado necessita de várias enzimas para transformar o álcool em uma substância menor, para assim, conseguir absorver e metabolizar. Durante esse processo, o organismo sobrecarrega todos os órgãos envolvidos, causando dores de cabeça, ânsia de vômito, enjoo, tontura e cansaço. Esses sintomas ocorrem devido a desidratação causada pelo excesso de álcool na corrente sanguínea, fazendo com que haja maior liberação de água e diminuição de açúcar no sangue, causando hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue)", pontua a nutricionista"
Para que os efeitos de bebidas que contém álcool, sejam minimizados, e a ressaca seja evitada ou tenha o efeito minimizado, a nutricionista Clinica, sugere 3 práticas:
"A primeira prática que aconselho é manter-se hidratado, realizar a ingestão de água intercalando com o consumo de bebidas alcoólicas, pode evita os casos de ressaca. Isso acontece, devido as bebidas alcóolicas inibirem o hormônio regulador de urina, aumentando o volume urinário, levando à desidratação.
Sobre a segunda prática que evita a ressaca, a nutricionista orienta que as pessoas se alimentem antes e depois do consumo de bebidas alcoólicas, pois isso auxilia no processo de absorção mais lento do álcool pelo sistema digestivo e ajuda manter os níveis de açúcar no sangue.
"A terceira e não menos importante é descansar. Devido a sobrecarga do figado para absorver e metabolizar o álcool, o descanso deve ser priorizado para que o organismo consiga se restaura para executar adequadamente suas funções", orienta Hayenne Matos.
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