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Hoje é o Dia Mundial de Combate ao Câncer

Dia 8 de abril, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A doença afeta cada vez mais pessoas com menos de 50 anos.

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Imagem ilustrativa da notícia Hoje é o Dia Mundial de Combate ao Câncer camera Foto: Reprodução/Freepik

Com apenas 42 anos de idade, a princesa de Gales, Kate Middleton anunciou que está com câncer. A notícia teve impacto no mundo todo, inclusive no Brasil, como um alerta: a incidência de câncer entre pessoas jovens, abaixo de 50 anos, está crescendo. Essa tendência de aumento entre adultos jovens tem sido observada globalmente.

A idade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Com o decorrer dos anos, ocorrem alterações genéticas, além de fatores externos que são prejudiciais a longo prazo, como o tabagismo, exposição solar e a poluentes. Porém, o aumento dos casos de câncer em pessoas jovens é considerado um fenômeno preocupante.

De acordo com um levantamento publicado no ano passado na revista científica BMJ Oncology, os casos globais de câncer em pessoas com menos de 50 anos aumentaram 1,82 milhões, em 1990, para 3,26 milhões, em 2019. (79%). Além disso, as mortes por câncer na mesma faixa etária também cresceram mais de 27%, com mais de 1 milhão de pessoas jovens morrendo devido à doença. Ainda segundo o estudo, os principais responsáveis pelo maior número de óbitos são o câncer de mama, traqueia, pulmão, intestino e estômago.

O levantamento foi realizado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, que analisaram o impacto de 29 tipos de câncer em pessoas entre os 14 e 49 anos, em mais de 200 países e regiões.

Além dos dados sobre o número de casos, o levantamento também observou uma tendência crescente de câncer em pessoas jovens. Os pesquisadores estimam que o número global de novos casos de câncer de início precoce e de mortes associadas aumentará mais 31% e 21%, respectivamente, em 2030, sendo que a faixa etária dos 40 anos são os que possuem maior risco.

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Brasil

De acordo com as estimativas do INCA, o Brasil terá 704 mil novos casos de câncer diagnosticados por ano, no triênio 2023 a 2025. Isso representa um crescimento de 12,64% dos casos de câncer no Brasil, comparando com estimativa anterior (2020-2022). A incidência do câncer no Brasil é alarmante porque reafirma o câncer como a 2ª causa de mortes por doença no mundo.

O Instituto Nacional de Câncer também indica um aumento preocupante de casos, especialmente de câncer de cólon e reto, sendo a segunda área mais afetada pela doença. A literatura médica dos últimos 30 anos tem confirmado o crescimento do câncer em pacientes com menos de 50 anos e que alguns estudos indicam crescimento de até 80% nos casos deste grupo. Os tipos mais presentes nessa faixa etária, segundo a médica, são os de intestino, seguidos pelos de mama, tireoide, melanoma, hematológicos (linfomas e leucemias) e colo de útero. "E, em se tratando de tumores do trato digestivo, o câncer de cólon é mesmo o protagonista", diz a oncologista Paula Sampaio.

Médica oncologista - Paula Sampaio
📷 Médica oncologista - Paula Sampaio |Foto: Divulgação

A grande contradição é que esse é um tipo de câncer considerado EVITÁVEL. “Dieta rica em alimentos processados ou ultraprocessados, em carne vermelha, gordura e preparações instantâneas está diretamente relacionada a esse tipo ao câncer colorretal. Obesidade, sedentarismo e tabagismo completam a lista de fatores de risco que podemos evitar. Atividade física regular, sozinha, já reduz o risco de desenvolver a doença em 26%. Uma dieta rica em frutas, legumes e verduras é fundamental. O consumo de 10 gramas de fibras ao dia reduz o risco de câncer de intestino em 10%”, enumera a médica oncologista Paula Sampaio. “Não tem jeito. Se queremos qualidade de vida e longevidade, temos que ter um estilo de vida saudável”, completa a médica.

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No Brasil o câncer de cólon e reto é mais incidente entre mulheres (23.660 mil casos entre elas, para 21.970 entre eles em 2023). Estudo da American Cancer Society aponta que, no caso dos tumores na região abdominal, os resultados estão ligados à prevalência de fatores de risco como excesso de peso corporal e consumo de carne processada.

Hoje, o desafio da medicina é detectar tumores fora da faixa etária mais comum [acima de 65 anos] ou antes da idade de início dos exames de rastreio. O combate a esse aumento do câncer na faixa abaixo de 50 anos passa pela ampliação do rastreio precoce, pois há o entendimento de que essa população mais jovem necessita de avaliação personalizada. De maneira geral, pacientes mais jovens tendem a ter tumores mais agressivos e recebem com mais frequência quimioterapia para prevenir o retorno da doença.

Outra orientação é que as pessoas procurem um médico sempre que houver algum sintoma que não melhora ou que aumenta com o passar do tempo. Isso vale para dores, alteração dos hábitos do intestino, palpação de algum nódulo ou perda de peso sem explicação.

Os especialistas ressaltam que a oncologia também vem evoluindo. A investigação de sinais em estágio inicial, aconselhamento médico quanto à redução dos riscos hereditários e indicação de novos tratamentos (mais eficazes e potentes) devem melhorar o cenário nos próximos anos.

Prevenção - Hábitos saudáveis podem diminuir as chances de alguém ter câncer (vários tipos) em pelo menos 30%. Datas como o 8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer - são um convite para que as pessoas e organizações se esforcem para reduzir o impacto da doença, que, de acordo com as estimativas da OMS, até 2030 vai superar as doenças cardiovasculares e se tornar a campeã em mortalidade no mundo todo.

“Nós não podemos deixar de bater nessa tecla, mas a mudança depende de cada um fazer a sua parte com medidas de prevenção primária. Um tipo de medida que pode evitar que a pessoa tenha câncer, como é o caso de adotar hábitos saudáveis, não fumar, não ser sedentário e controlar o peso. Também temos que estimular a vacinação contra o HPV para crianças e adolescentes, por exemplo”, explica a médica.

Outro tipo de medida preventiva são chamadas de secundárias, que podem assegurar o diagnóstico precoce, que também é de enorme importância, pois garante chances de cura elevadas. São consultas periódicas e exames preventivos recomendados pelos médicos.

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