O chamado verão amazônico, como é conhecido o período de calor intenso na região Norte, está se aproximando e os cuidados com a saúde, principalmente da pele, devem ser redobrados, já que a combinação de altas temperaturas e umidade pode levar a problemas dermatológicos.
A professora do curso de pós-graduação em Dermatologia da Afya Educação Médica, em Belém, Yandra Einecke, reforça que medidas preventivas são fundamentais para evitar problemas de pele. Ela destaca que entre as doenças que mais preocupam está o câncer de pele, que tem relação direta de incidência com o excesso de exposição solar.
Além do câncer, a professora destaca que outras doenças podem surgir ou ser agravadas pela exposição solar sem proteção, como queratoses actínicas (lesões pré-cancerígenas), melasma, fitofotodermatose (a famosa queimadura pelo limão) e queimaduras solares. “São todos problemas que podem ser evitados com cuidados básicos ao longo de toda a vida”, reforça.
Segundo Yandra Einecke, 33% dos diagnósticos de câncer, no país, estão relacionados à pele. Alguns sinais, diz ela, são alertas de que a pessoa deve procurar um médico dermatologista para avaliação. São eles: lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; uma pinta preta ou castanha que muda a cor e textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; ou uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
*Prevenção*
Entre os cuidados preventivos que devem ser reforçados no verão amazônico estão o uso de protetor solar. O filtro solar, de acordo com a professora, deve ser aplicado diariamente e não apenas em momentos de lazer. A orientação é observar na embalagem do produto se protege contra os raios UVA e UVB.
Outra recomendação é aplicar o protetor 30 minutos antes da exposição solar, para que a pele o absorva, distribuindo uniformemente em todas as partes do corpo. “Muitas vezes as pessoas esquecem regiões como as mãos, orelhas, nuca e pés, e são áreas típicas de queimadura solar. Também é importante lembrar de reaplicar o protetor a cada duas horas. Porém, esse tempo diminui se houver transpiração excessiva ou se entrar na água. Para as crianças, o indicado é o uso do filtro solar a partir dos seis meses de idade, utilizando sempre um produto adequado para peles sensíveis”, explica.
As barreiras físicas também são uma excelente alternativa para se proteger do sol. Portanto, a recomendação é usar chapéu, óculos escuros, blusas de manga comprida, de preferência com fator de proteção ou de algodão, porque bloqueiam melhor a passagem de raios solares. Também é necessário evitar a exposição solar entre 10h às 16h.
Yandra Einecke acrescenta, ainda, que é preciso redobrar a hidratação corporal por dentro e por fora. “A dica é aumentar a ingestão de líquidos, como água, suco de frutas e água de coco. Além disso, aplicar diariamente um bom hidratante, que ajuda a manter a quantidade adequada de água na pele”, frisa.
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