O filme “É Assim que Acaba”, em exibição nos cinemas, é baseado em fatos reais e retrata a história de um relacionamento abusivo. O filme não apenas expõe as dores e desafios enfrentados pelos personagens, mas também destaca a necessidade de atenção aos primeiros indícios de abuso, que muitas vezes são ignorados ou minimizados.
De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada quatro mulheres, entre 15 a 24 anos, já estiveram em um relacionamento e já sofreram violência de seus parceiros. Saber identificar os primeiros sinais de alerta e buscar apoio e a ajuda necessária é primordial e evita tragédias.
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Para a psiquiatra Daniele Boulhosa, os relacionamentos abusivos no início apresentam um tom de voz um pouco alterado por parte de um dos parceiros agressões físicas e verbais e brigas por ciúmes exagerados. “Embora seja possível identificar um relacionamento abusivo desde cedo, isso acaba se tornando um pouco mais complicado quando os sinais são sutis ou quando a vítima se sente emocionalmente dependente do parceiro. Essa dependência emocional pode atrapalhar a percepção do abuso, tornando mais complicado o término da relação’’, ressalta a especialista.
De acordo com a Daniele, é essencial entender que o abuso pode se manifestar de várias formas e que a intervenção precoce é vital para a recuperação. “Os relacionamentos tóxicos ou abusivos são caracterizados por comportamentos que causam danos as vítimas, não só emocionais, mas muitas vezes físicos também. Reconhecer os sinais, buscar ajuda e estabelecer um plano de segurança são passos cruciais para proteger a vítima e permitir a recuperação e o reestabelecimento de uma vida saudável e segura”, explica.
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Ainda de acordo com a psiquiatra, muitas pessoas acabam não percebendo que estão em um relacionamento abusivo. “No início da relação tudo parece estável e até mesmo considerado algo muito saudável, o que com o passar do tempo, vai se transformando em um relacionamento tóxico e abusivo, criando um ciclo de violência sem fim”, pontua, e acrescenta. “Encontrar uma rede de apoio que incentive a vítima a procurar a ajuda necessária é primordial para que a mesma encerre esse ciclo vicioso e siga em frente”, finaliza Daniele.
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