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SAÚDE DO CORAÇÃO

Arritmia cardíaca: entenda a condição que matou Izquierdo

O jogador do Nacional-URU morreu após cinco dias internado devido uma arritmia cardíaca. Entenda o que provoca a condição e como preveni-la.

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Imagem ilustrativa da notícia Arritmia cardíaca: entenda a condição que matou Izquierdo camera O jogador morreu ontem (27) após cinco dias internado na UTI. | Foto: Reprodução/Instagram

O jogador do Nacional do Uruguai Juan Izquierdo morreu na noite da última terça-feira (27) de uma condição denominada arritmia cardíaca. Ele passou mal e desmaiou durante a partida contra o São Paulo, no Morumbi na última quinta-feira (22) e ficou internado por cinco dias.

A morte do jogador causou tristeza e comoção na comunidade esportiva, sobretudo por conta da condição que o levou ao óbito. O primeiro boletim médico informava que Izquierdo chegou ao hospital em parada cardíaca de início imediato e provocado por uma arritmia.

A equipe médica fez diversas manobras de ressuscitação no jogador, incluindo procedimentos de desfibrilação, o que conseguiu recuperar os batimentos do atleta. Após cinco dias, Izquierdo foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde precisou ser sedado e fez uso de ventilação.

Arritmia cardíaca: o que é a condição que levou a morte do jogador?

De forma sucinta, a condição acontece quando o coração bate mais lentamente durante o repouso e em ritmo mais acelerado em situações de maior esforço ou emoção. Entretanto, em algumas pessoas, os batimentos cardíacos podem sair do compasso.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) a condição pode acometer uma em cada quatro pessoas ao longo da vida e é responsável pela morte súbita de cerca de 300 mil brasileiros todos os anos.

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As arritmias são alterações na geração ou na condução do estímulo elétrico do coração, modificando o ritmo dos batimentos cardíacos. “Quando não há essa regularidade, ocorre uma perturbação do ritmo cardíaco, conhecida como arritmia. Se for rápida e totalmente irregular, pode estar relacionada à fibrilação atrial”, destacou a entidade, ao citar o tipo mais comum da doença.

Tipos

As arritmias cardíacas, geralmente, se manifestam de três maneiras: quando o coração bate muito devagar (bradicardia), quando o coração bate rápido demais (taquicardia) ou quando o coração bate de forma irregular (fibrilação atrial, flutter atrial e extrassistoles ventriculares, entre outras condições).

A fibrilação atrial, tipo de arritmia sustentada mais frequente, tem maior incidência entre idosos e acontece quando os átrios (câmaras superiores do coração) tremem ou fibrilam desajustadamente, causando batimentos irregulares e, geralmente, rápidos. Além de poder causar insuficiência cardíaca, facilitam a formação de coágulos no interior dos átrios, que podem se desprender e causar acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Como prevenir?

Para prevenir as arritmias cardíacas, bem como outras doenças do sistema cardiovascular, a Sobrac recomenda a adoção de hábitos de vida saudáveis, que incluem:

  • Alimentação balanceada, rica em verduras, legumes, frutas e cereais;
  • Moderar e, se possível, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e energéticos;
  • Cuidar da saúde emocional;
  • Evitar o sedentarismo por meio da prática regular de atividades físicas, desde que seja feita avaliação cardiológica do indivíduo antes de iniciar uma rotina de exercícios físicos mais intensos;
  • Consultar periodicamente um cardiologista.

Diagnóstico

Ainda de acordo com a entidade, o diagnóstico inicial da arritmia cardíaca pode ser feito por meio de uma simples medição do pulso. “Coloque os dedos indicador e médio na parte interna do pulso, sobre o local onde se sente a pulsação que corresponde aos batimentos cardíacos. Conte o número de impulsos por 15 segundos e multiplique o valor por quatro”.

O resultado alcançado pela medição é a frequência cardíaca, ou seja, o número de batimentos por minuto (BPM). Em condições normais, incluindo o repouso e atividades leves habituais, a frequência cardíaca deve variar entre 50 e 100 BPM. Acima de 100 BPM, o quadro é classificado como taquicardia e abaixo de 50 BPM, como bradicardia. Na fibrilação atrial, os impulsos são irregulares.

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