Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e os sintomas aparecem quase sempre antes dos 30 anos, principalmente entre 18 e 25 anos de idade.
O transtorno bipolar, também conhecido como doença maníaco-depressiva, é um transtorno cerebral que causa mudanças incomuns no humor, na energia, nos níveis de atividade e na capacidade de realizar as tarefas do dia-a-dia.
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O transtorno bipolar é, de fato, dividido em dois tipos, que variam em intensidade e sintomas, o que influencia diretamente no diagnóstico e tratamento. A primeira é recorrente de mania e depressão, na qual há excesso de confiança, impaciência, alucinações e delírios; e a segunda é identificado como hipomania, uma euforia menos intensa, mas com uma depressão mais aguda.
De acordo com a psiquiatra Daniele Boulhosa, o transtorno bipolar tipo II é muitas vezes subdiagnosticado devido à natureza mais sutil de seus episódios de hipomania, que geralmente não são reconhecidos como patológicos.
“Essa condição pode ser confundida com a depressão unipolar, levando ao uso inadequado de antidepressivos sem estabilizadores de humor, o que pode agravar o quadro e intensificar as oscilações de humor. Para um diagnóstico preciso, é essencial observar o histórico completo dos sintomas, incluindo possíveis episódios de euforia, ainda que sutis”, explica a profissional.
Daniele esclarece que o os episódios de humor são drasticamente diferentes dos modos e comportamentos típicos da pessoa. “As mudanças extremas na energia, na atividade e nos padrões de sono acompanham os episódios de humor e são indicadores chave do transtorno bipolar. Esses episódios envolvem uma quebra nos padrões habituais, que muitas vezes não é facilmente percebida pelo próprio paciente, mas é evidente para quem convive com ele. Isso inclui períodos em que elas apresentam grandes agitação e dificuldade para dormir, ou, em contraste, uma queda drástica na disposição e necessidade excessiva de sono”, destaca.
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Um bom diagnóstico e tratamento ajudam as pessoas com transtorno bipolar a levar vidas saudáveis e produtivas. Para a especialista ir a um psiquiatra ou em um psicólogo é o primeiro passo para qualquer pessoa que desconfie de um quadro de transtorno bipolar.
“O tratamento adequado pode transformar a vida dos pacientes, permitindo que levem uma vida saudável e produtiva. O acompanhamento médico, com o uso de estabilizadores de humor e terapias de apoio, ajuda a controlar as oscilações extremas de humor e a estabelecer uma rotina mais equilibrada. Além disso, o apoio de familiares e amigos é importante para criar um ambiente acolhedor e de compreensão, o que auxilia no manejo do transtorno e na aderência ao tratamento”, finaliza a psiquiatra.
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