As rotinas de skincare e o uso de produtos cosméticos e medicamentosos, amplamente divulgados em redes sociais, escondem os perigos dos excessos, principalmente quando se trata de jovens e adolescentes. Considerando que o mercado de beleza no Brasil é um dos maiores do mundo, a busca pela pele perfeita oferece riscos que, de acordo com a médica dermatologista Caroline Palheta, perpassam por irritações cutâneas, alergias e até queimaduras.
Com a popularização do uso de ácidos, como os glicólico, salicílico e retinóico, sem a orientação médica adequada, a dermatologista destaca que os riscos variam entre o surgimento de manchas, edemas e descamações, principalmente em jovens e adolescentes que possuem a pele mais sensível e imatura.
“Além disso, é preciso saber se aquele tipo de ácido é adequado ao tipo de pele. Os pacientes que usam produtos, cosméticos ou medicamentos por conta própria correm mais risco de adquirir alergia, irritação e surgimentos de manchas, pois não podem se expor ao sol”, explica. Em adolescentes e crianças, o uso inadequado de produtos de skincare podem predispor desconfortos como ardor e inchaços, alerta.
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A dermatologista ressalta que o uso desregulado de produtos também pode comprometer a barreira natural da pele e comenta que alguns pacientes que fazem uso por conta própria, muitas vezes adquirem problemas de pele que não tinham antes.
“No caso dos retinóides, em cosméticos, a concentração é menor, mas em medicamentos é maior. Por isso, com uma orientação médica, você consegue avaliar o benefício daquele produto para o tipo de pele do paciente, o grau de tolerância e quais outras substâncias podem ser utilizadas com o mesmo produto, medicação”, salienta.
Segundo Caroline Palheta, o básico funciona. “As rotinas de skincare e publicações nas redes sociais impulsionam o pensamento de que o resultado para uma pele saudável é rápido, mas o tratamento envolve um acompanhamento de longo prazo dependendo do tipo de problema dermatológico, por exemplo. No mais, lavar o rosto, hidratar e proteger seria mais imprescindível do que o uso exacerbado de produtos”, pontua.
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