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SAÚDE FÍSICA E MENTAL

Uso excessivo do celular: veja os malefícios e como prevenir

Especialista destaca os impactos do uso excessivo do celular na saúde física e mental. Confira os malefícios e como prevenir!

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Imagem ilustrativa da notícia Uso excessivo do celular: veja os malefícios e como prevenir camera O uso excessivo do celular pode afetar a saúde mental, causando estresse, ansiedade e até depressão. | Freepik/Reprodução

No decorrer da última década, o celular tornou-se um item essencial para todo mundo. Os smartphones acabaram virando uma extensão do próprio corpo das pessoas, visto que, em muitos casos, a “vida” do indivíduo está dentro daquele aparelho com tela de 5 polegadas. No entanto, por visualizarem o celular como um objeto imprescindível, as pessoas acabaram criando uma certa dependência, fazendo com que crianças, jovens e adultos passem boa parte do dia imersos no universo do celular.

Em entrevista ao DOL, a psicóloga Diana Nobre, de Belém, destaca que o uso excessivo do celular pode afetar a saúde mental, causando estresse, ansiedade e até depressão. “Isso acontece porque a exposição constante às redes sociais e à informação pode gerar sobrecarga cognitiva e sensação de inadequação, principalmente quando as pessoas se comparam com padrões de vida irreais”, explica ela.

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Diana traz um alerta voltado para crianças e adolescentes, visto que o uso excessivo pode impactar o desenvolvimento cognitivo e emocional. “Eles podem perder oportunidades de brincar, explorar e socializar de maneira mais natural, o que pode afetar o desenvolvimento de habilidades importantes, como a resolução de problemas e a capacidade de lidar com frustrações”, aponta a especialista.

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Impactos na vida social

A psicóloga Rafaela Guedes, também em entrevista ao DOL, disse que o uso excessivo do celular traz grandes impactos na interação social do indivíduo. “A velocidade com que você obtém satisfação no celular é diferente da velocidade com que você tem satisfação nas relações sociais. Há estudos que informam que a nossa capacidade cognitiva vem reduzindo ao longo dos anos devido à existência da vida virtual. Então, basicamente, nós estamos ‘emburrecendo’”, alerta ela.

A profissional também destaca que esse “vício” pode ocasionar uma dissociação do mundo real. “As telas proporcionam a liberação de prazer rápido, quase instantaneamente. Mas esse prazer, advindo principalmente do uso das redes sociais, não funciona da mesma forma no mundo real. Na vida, nas relações, há um tempo de espera próprio e necessário para os processos do cotidiano e para alcançar os objetivos. Logo, é importante saber que as redes sociais, os jogos e todo esse tipo de material acessível pelo celular são desenvolvidos para causar vício e dependência”, afirma Rafaela.

Danos físicos

O uso constante de smartphones tem levado muitas pessoas a adotarem posturas inadequadas. O alerta é do presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Regional Pará, o médico ortopedista Dante Giubilei.

“Com frequência, mantemos a cabeça inclinada para baixo por longos períodos, concentrando uma carga extra sobre a coluna cervical. Essa sobrecarga gera tensão muscular, fadiga e dores tanto no pescoço quanto na parte superior das costas, especialmente com o uso prolongado”, explica ele.

O médico afirma que os maiores impactos incluem tensão constante nos músculos cervicais, dores persistentes no pescoço e nos ombros, além de uma sensação de rigidez nas costas. “Com o passar do tempo, essas posturas podem influenciar a curvatura natural da coluna, levando a problemas mais severos, como dores de cabeça tensionais e até problemas nos discos intervertebrais”, diz.

Dante Giubilei descreve uma condição causada por essa má postura ao utilizar o celular de forma excessiva: a Síndrome do Pescoço de Texto. É a condição resultante do hábito de inclinar continuamente a cabeça para baixo ao olhar um celular ou tablet. "Essa postura leva a uma série de sintomas, que incluem dor e rigidez no pescoço, sobrecarga nos músculos do ombro e até dores de cabeça resultantes dessa tensão crônica”, alerta o especialista.

Como solucionar ou amenizar os sintomas?

O ortopedista detalha algumas formas de aliviar esses sintomas e prevenir maiores complicações. Confira:

  • Adote uma postura correta: Mantenha o celular na altura dos olhos para evitar a inclinação excessiva do pescoço.
  • Exercite-se regularmente: Realizar alongamentos específicos e fortalecer os músculos do pescoço e das costas pode ser muito benéfico.
  • Faça pausas: Interrompa o uso do celular periodicamente para movimentar o pescoço e relaxar a musculatura.
  • Esteja consciente da posição: Conscientizar-se da postura ao utilizar dispositivos móveis pode ajudar a manter a coluna alinhada.

“Manter bons hábitos posturais é essencial para preservar a saúde da coluna neste mundo digital. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença”, reforça o médico.

Uso do celular: 2h por dia

Em relação ao tempo adequado de uso diário, as psicólogas Diana Nobre e Rafaela Guedes recomendam cerca de duas horas de tela por dia.

“A dica é estabelecer limites e ter uma rotina equilibrada. O ideal é que o tempo de tela não ultrapasse duas horas diárias, mas isso depende muito de cada pessoa e do que ela faz no celular. O mais importante é garantir que o uso não interfira em outras atividades essenciais, como estudo, sono e interação social presencial”, aponta Diana Nobre.

Seguindo a mesma linha, Rafaela Guedes reforça que o essencial é saber equilibrar o uso do celular com as necessidades diárias. “Precisamos equilibrar nossas necessidades e a forma de obter prazer com a vida fora das telas, porque a vida não pode caber somente na tela do telefone, do celular ou de qualquer outro dispositivo”, finaliza.

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