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SAÚDE

Doença renal crônica pode ser silenciosa; entenda

A DRC pode se desenvolver sem apresentar sintomas visíveis nas fases iniciais.

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Imagem ilustrativa da notícia Doença renal crônica pode ser silenciosa; entenda camera Secretaria Municipal de Saúde realizou ação de atendimento com o principal objetivo atender pessoas da rede municipal. | FOTO: Celso Rodrigues

A Doença Renal Crônica (DRC) afeta mais de 20 milhões de brasileiros, o que representa cerca de 10% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). O desafio é que muitos pacientes não sabem que têm a doença, já que a DRC pode se desenvolver sem apresentar sintomas visíveis nas fases iniciais. Cerca de 50 mil brasileiros perdem a vida a cada ano sem ter acesso ao tratamento adequado.

Em alusão ao Dia Mundial do Rim, em 13 de março, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), realizou, ontem (28), a 1ª Ação Nefrológica. O evento ocorreu no Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas (CEMO), no bairro do Marco.

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O principal objetivo dessa iniciativa foi atender pessoas da rede municipal de saúde que estão em risco de desenvolver doenças renais, além de promover a conscientização sobre a importância de cuidar da saúde dos rins. Durante o evento, cerca de 100 pacientes foram atendidos.

Além de se consultarem com nefrologistas, os pacientes realizaram testes rápidos de creatinina e glicemia, feitos pelas equipes de enfermagem. Se necessário, eram encaminhados para exames laboratoriais e de imagem, com agendamentos realizados no próprio evento, em clínicas parceiras da rede municipal de saúde.

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Andreia Ribeiro, assessora da direção do Departamento de Regulação da Sesma, enfatiza a importância da prevenção das doenças renais e dos tratamentos disponíveis para cuidar da saúde dos rins. “É fundamental fazer esse acompanhamento e prevenção. Isso ajuda a evitar que o paciente agrave sua condição e precise, em situações críticas, de hemodiálise com urgência. Portanto, essa ação é realmente uma forma de promover a saúde e garantir que o paciente receba o atendimento necessário antes que a situação se torne mais grave”.

A nefrologista e presidente da regional Pará da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Ana Lydia, alerta para o crescimento de pessoas acometidas pela doença. “O cenário da doença renal, tanto no estado do Pará quanto em todo o Brasil, ainda é cercado de desinformação. Muitas pessoas não sabem que condições comuns, como diabetes e hipertensão, podem levar à doença renal crônica. Para se ter uma ideia, uma em cada dez pessoas tem essa condição e nem se dá conta disso. Isso significa que 10% da população apresenta algum grau de doença renal sem saber”, informa.

ALERTA

“Devido a esse desconhecimento, muitos pacientes chegam até nós, nefrologistas, em estágios bem avançados da doença, onde a única opção de tratamento é a substituição da função renal, seja por meio da diálise, hemodiálise ou transplante renal. Nosso objetivo é mudar essa realidade, promover conhecimento e oferecer informações de qualidade para que as pessoas possam se prevenir”, pontua.

A especialista explica que o diagnóstico da doença renal pode ser feito com dois exames simples, que estão disponíveis nas unidades básicas de saúde. Esses exames são a dosagem de creatinina no sangue e a análise de proteína na urina, que fazem parte dos testes de rotina. “Qualquer médico pode solicitar estes exames, que estão acessíveis na rede pública. É aconselhável que todas as pessoas façam esses testes pelo menos uma vez por ano. No entanto, quem pertence a grupos de risco para doenças renais deve priorizar a realização desses exames. Muitas vezes, os sintomas só aparecem nas fases intermediárias ou avançadas da doença”.

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l Ana Lydia destaca a importância da triagem, especialmente para os grupos de risco. Ela explica que esses grupos incluem pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, além de idosos, pessoas que têm histórico familiar de doenças renais e aquelas que usam medicamentos anti-inflamatórios em excesso. Também diz que é fundamental avaliar quem já teve cálculos renais ou infecções urinárias frequentes, assim como pessoas com doenças genéticas.

“Essas pessoas precisam realizar exames anualmente para verificar a função renal e entender se já há alguma lesão renal crônica que exija acompanhamento. Quando a disfunção renal se torna moderada a avançada, podem surgir sintomas como inchaço no rosto e nos pés, descontrole da pressão arterial, náuseas, vômitos, enjoo, sonolência excessiva e anemia. É importante lembrar que esses sintomas podem ser confundidos com outras condições de saúde”.

l Ela também menciona alguns cuidados importantes. “O principal deles é cuidar da saúde em geral. É fundamental evitar alimentos ultraprocessados, assim como o consumo excessivo de sal e açúcar. É preciso monitorar a diabetes, controlar a pressão arterial e manter a glicose em níveis adequados. Além disso, praticar atividades físicas regularmente é essencial, pois a obesidade é um fator de risco para a doença renal. Reduzir o peso, evitar o tabagismo e adotar hábitos saudáveis também são medidas importantes para a prevenção”, explica.

l Entre os pacientes, estava a aposentada Sônia Amador, 73, uma das beneficiadas pela ação. “Fui chamada pelo posto de saúde, que me encaminhou para vir aqui hoje. Acredito que é fundamental cuidar da nossa saúde. Sou diabética, mas, graças a Deus, está tudo sob controle. Por isso, é essencial fazer os exames de rotina”.

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