plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
SAÚDE

Rastreamento de diabetes tipo 2 deve começar para todos aos 35 anos. Entenda!

Novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes visam ampliar faixa etária e critérios de triagem

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Rastreamento de diabetes tipo 2 deve começar para todos aos 35 anos. Entenda! camera Agora é indicado rastrear diabetes tipo 2 a partir dos 35 anos. | Freepik

A partir de agora, a triagem para o diabetes tipo 2 deverá ser iniciada aos 35 anos, mesmo em indivíduos sem sintomas ou fatores de risco evidentes. A mudança integra as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e tem como objetivo a detecção precoce da doença, especialmente em um contexto de aumentos nos casos de obesidade e sedentarismo.

Publicada em março na revista “Diabetology & Metabolic Syndrome”, a atualização também estabelece novas orientações para o rastreamento em crianças e adolescentes, além de modificar os critérios para exames de diagnóstico. O foco da SBD é ampliar o alcance da triagem, dada a crescente incidência do diabetes tipo 2, que afeta cerca de 10% da população brasileira.

Aumento dos casos da doença e mudanças na triagem

O diabetes tipo 2 tem se tornado um problema global, causado principalmente pelo aumento dos casos de sedentarismo e obesidade. De acordo com a 11ª edição do Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), 589 milhões de adultos vivem com a doença no mundo. No Brasil, a estimativa é de que 20 milhões de pessoas convivam com o diabetes.

Até então, a recomendação era que a triagem fosse feita a partir dos 45 anos. Porém, com o aumento dos casos entre os mais jovens, a SBD agora sugere que todos os adultos a partir dos 35 anos realizem o rastreio, independentemente da presença de sintomas.

Para quem é mais jovem e tem sobrepeso ou obesidade, a triagem também pode ser indicada, caso haja pelo menos um fator de risco adicional, como histórico familiar de diabetes, hipertensão ou doenças cardiovasculares.

O endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta a importância dessa mudança. “Cada vez mais vemos pessoas jovens com alterações na glicemia associadas a fatores como obesidade e sedentarismo. O diabetes é uma doença silenciosa e, quando a glicemia começa a subir, o risco de complicações cardiovasculares já está presente. Diagnosticar cedo é essencial para prevenir problemas futuros,” explica.

Conteúdos relacionados:

Novidades nos exames de diagnóstico

As novas diretrizes mantêm os testes de glicemia de jejum e hemoglobina glicada (A1c) como as principais ferramentas para o diagnóstico inicial. Para confirmar o diagnóstico de diabetes, os dois exames devem ser realizados em conjunto. Caso ambos apresentem resultados alterados, o diagnóstico é fechado sem a necessidade de novos testes. Quando apenas um dos exames estiver alterado, uma nova coleta será necessária.

Além disso, a grande mudança está no teste de tolerância à glicose oral (TTGO), que agora será realizado com uma coleta de sangue uma hora após a ingestão da solução de glicose, ao invés de duas horas como era feito anteriormente. Essa mudança tem como objetivo identificar precocemente casos de pré-diabetes, possibilitando intervenções mais rápidas.

Segundo Rosenbaum, a alteração no TTGO pode aumentar em até 40% a detecção de casos de pré-diabetes. “Detectar alterações discretas nos níveis de glicose permite iniciar precocemente intervenções preventivas, sobretudo não farmacológicas, como dieta e atividade física, medidas simples que podem evitar a progressão da doença e suas consequências a longo prazo”, ressaltou o endocrinologista.

Melanie Rodacki, endocrinologista e uma das autoras da atualização, explica que, ao identificar elevações discretas nos níveis de glicose, é possível adotar medidas preventivas, como mudanças na dieta e no estilo de vida, para evitar a progressão da doença.

“Sempre houve dúvidas sobre como conduzir o rastreamento, então desenvolvemos um material baseado em evidências científicas, para ajudar médicos de todo o país a agir com segurança, no tempo certo, e de forma prática, facilitando o diagnóstico precoce em diferentes contextos do sistema de saúde”, disse Rodacki.

Quer mais dicas de saúde? Acesse o nosso canal no WhatsApp!

Diagnóstico precoce

De acordo com a autora Melanie Rodacki, o rastreamento precoce tem o poder de prevenir complicações graves, como infartos e AVCs, ao detectar alterações iniciais na glicemia. O novo protocolo é mais simples e acessível, o que facilita a implementação em diversos centros de saúde no Brasil.

Além disso, as novas diretrizes trazem um fluxograma clínico detalhado, que orienta os médicos sobre como conduzir o rastreamento em diferentes perfis de pacientes, tornando o processo mais eficiente e seguro.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Te Cuida

    Leia mais notícias de Te Cuida. Clique aqui!

    Últimas Notícias