
Com a chegada do verão, muitas pessoas optam por aproveitar os dias ao ar livre. Porém, a alta exposição ao sol, sem os devidos cuidados, pode trazer consequências sérias para a saúde da pele, como queimaduras, envelhecimento precoce e até doenças mais graves, como o câncer de pele.
Embora o uso de protetor solar seja amplamente recomendado, ainda existem dúvidas sobre como e quando aplicá-lo, além de outras formas de proteção que podem ser essenciais para manter a saúde da pele. Para esclarecer esses pontos, a dermatologista Giselle Souza explicou, em entrevista, sobre alguns cuidados essenciais sobre a proteção solar, cuidados para peles e dicas para uma rotina durante os dias mais quentes.
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Qual a importância do uso diário de protetor solar?
O uso de protetor solar não deve ser uma preocupação apenas durante os dias de praia ou piscina. Segundo a dermatologista Giselle o uso do produto é indispensável em qualquer momento do dia em que haja exposição à luz solar. "A radiação UVA, que está relacionada ao envelhecimento da pele, age na profundidade da pele, enquanto a radiação UVB, mais intensa durante os picos de sol, causa queimaduras", explica a especialista. Ela alerta ainda que, embora o sol não pareça estar tão forte em dias nublados ou durante o inverno, a radiação UV continua a afetar a pele.
De acordo com Giselle, o dano causado pelo sol é acumulativo, ou seja, os efeitos da exposição se somam ao longo da vida, muitas vezes se manifestando de forma visível apenas anos depois, com o surgimento de manchas, flacidez e até câncer de pele. "Esse dano começa já na infância e adolescência, períodos em que as pessoas costumam ficar mais exposta ao sol. A conscientização sobre a proteção solar deve começar desde cedo", alerta.
Além das áreas mais expostas como braços e pernas, outras parte dos corpo também merecem atenção na hora de se proteger contra a radiação. "Não se esqueça de aplicar protetor solar nas orelhas, nuca e couro cabeludo, áreas muitas vezes esquecidas, mas que também são suscetíveis aos danos causados pela radiação UV", alerta a doutora Giselle.
Como escolher o protetor solar ideal?
Com tantas opções de protetores solares disponíveis, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual escolher. Segundo a dermatologista, o importante é optar pelo o uso do produto conforme o conforto do usuário. "O protetor solar deve ser aquele que você consegue aplicar e reaplicar ao longo do dia sem problemas. Se a textura é pesada ou o cheiro não é agradável, você provavelmente vai deixar de usá-lo", afirma.
Quanto ao Fator de Proteção Solar (FPS), a especialista recomenda o uso de protetores com FPS a partir de 50. "Em regiões como o Belém, com clima quente e úmido, é importante garantir uma proteção eficaz. Embora um FPS 30 possa ser suficiente se aplicado corretamente, o FPS 50 ou superior oferece maior segurança", explica.
Ela também alerta para a diferença entre filtros solares físicos e químicos, mas garante que ambos são eficazes. De acordo com ela, o mais importante é escolher um que se adapte à rotina, sem causar desconforto. "Não existe contra-indicação séria para o uso de protetor solar, então o foco deve ser sempre no produto que você vai conseguir aplicar e reaplicar durante o dia", diz.
Como manter a pele saudável após o sol?
Após a exposição ao sol, a pele precisa de cuidados especiais para restaurar a hidratação e prevenir o ressecamento e a irritação. Segundo a doutora Giselle Souza, o recomendável é o uso de produtos suaves na hora da limpeza da pele, como óleos corporais, que ajudam a preservar a barreira lipídica da pele. "Óleos corporais, que substituem o sabonete, são uma escolha para manter a pele hidratada e evitar que a proteção natural da pele seja removida completamente", diz.
A dermatologista também reforça a importância de hidratar a pele com cremes ou loções específicas, logo após o banho. "O hidratante ajuda a repor a água e os nutrientes que a pele perde ao longo do dia", explica. Em áreas sensíveis, como axilas e virilhas, a aplicação de cremes reparadores também pode ser útil para prevenir irritações causadas pelo atrito.
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Outras formas de proteção: acessórios e roupas
Embora o protetor solar seja um aliado importante, a dermatologista lembra de outros hábitos que podem ser adotados. "O uso de acessórios como chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV é fundamental, especialmente entre 11h e 15h, quando a radiação solar está em seu pico", orienta.
Além disso, ela ressalta que, para crianças menores de dois anos e idosos, os cuidados com a exposição solar devem ser ainda mais rigorosos, pois a pele desses grupos é mais sensível e vulnerável.
"Evitar a exposição direta ao sol durante os horários de maior radiação, além do uso roupas adequadas, é essencial para minimizar os danos à pele", completa.
Cuidados extras com a pele sensível
Para quem possui pele sensível, os cuidados devem ser redobrados. "A pele sensível tende a reagir mais facilmente à exposição solar e ao uso de produtos agressivos, então prefira produtos suaves e específicos para peles delicadas", aconselha a dermatologista.
De acordo com ela, em caso de irritação ou vermelhidão, a aplicação de cremes calmantes, como os de aloe vera ou com ingredientes reparadores, pode ajudar a aliviar o desconforto.
Riscos e danos da exposição prolongada ao sol
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pele é um dos tipos mais comuns no Brasil, sendo o não melanoma o mais prevalente. "A exposição solar excessiva ao longo da vida aumenta significativamente as chances de desenvolver câncer de pele", explica a dermatologista.
Além disso, ela alerta para outro danos estéticos que também são causados pela exposição excessiva a radiação solar. "Manchas e flacidez também são consequência do acúmulo de radiação ao longo dos anos", diz.

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