
A musculação feminina deixou de ser tabu e é cada vez mais reconhecida como ferramenta de saúde. Se, antes, o receio era “ficar masculinizada”, agora a ciência comprova que os benefícios do treino de membros superiores vão muito além da aparência. Professora de Educação Física do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Leandra Batista revela que o treino de superiores ajuda as mulheres a cuidarem da saúde, ganharem postura e fortalecerem a autoestima em qualquer fase da vida.
De acordo com a especialista, o treino da parte superior não deve ser visto apenas pelo prisma estético, uma vez que estes exercícios impactam diretamente a funcionalidade e a qualidade de vida. Um dos maiores ganhos é a prevenção de desequilíbrios musculares: “Fortalecer dorsais, romboides e trapézio médio ajuda a contrabalançar o encurtamento dos peitorais, comum em mulheres que passam longas horas no escritório ou que possuem seios volumosos. O resultado é menos dor crônica no pescoço e na coluna e mais sustentação para a postura ereta”.
Sobre melhor postura, a docente do CEUB dispara: “Um peitoral bem trabalhado atua como um suporte muscular, fornecendo a sustentação, o que pode inclusive dar a sensação de seios mais firmes e elevados”. Leandra esclarece que o treino de superiores não altera o tecido mamário em si, mas melhora a base que o sustenta.
Outro benefício está ligado à saúde óssea feminina. Com a menopausa, a queda de estrogênio aumenta o risco de osteoporose. O treino de força, segundo Leandra, é um grande aliado. “A contração muscular gera estímulos nos ossos, aumentando a densidade mineral óssea, protegendo especialmente punhos e quadris, que são regiões mais vulneráveis a fraturas. Além disso, músculos fortes reduzem a chance de quedas, fator determinante para a saúde das mulheres maduras”.
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Quanto ao tempo para o resultado estético aparecer no espelho, a especialista revela que em média, de quatro a oito semanas já é possível notar melhora no tônus muscular. Ganhos mais expressivos, como definição e aumento de volume, surgem a partir de três meses de treino consistente. “A genética e o perfil hormonal também influenciam, mas todas as mulheres podem colher benefícios funcionais e estéticos em pouco tempo”, garante Leandra Batista.
Por onde começar?
Para iniciantes, a professora indica treinar superiores duas vezes por semana. Com o tempo, a frequência pode subir para três ou quatro vezes, desde que respeitado o equilíbrio entre estímulo e recuperação. “Não é só treinar mais, é treinar com inteligência e técnica. É melhor executar bem com menos peso do que errar com excesso. Sono de qualidade, alimentação adequada e descanso são tão importantes quanto o próprio exercício”, reforça a professora.
Quem quiser começar pode apostar em movimentos multiarticulares, que envolvem várias articulações e grupos musculares. A docente do CEUB sugere:
- - Flexão de braço (começar com joelhos apoiados);
- - Remada com halteres ou na máquina;
- - Desenvolvimento de ombros sentado com halteres;
- - Tríceps banco;
- - Exercícios para o manguito rotador com elástico ou na polia.
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