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HASTES FLEXÍVEIS

Usar 'cotonetes' traz risco para os ouvidos? Saiba mais!

Descubra os riscos do uso de cotonetes para a higiene dos ouvidos e como cuidar da saúde auditiva de forma segura

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Imagem ilustrativa da notícia Usar 'cotonetes' traz risco para os ouvidos? Saiba mais! camera Entre os hábitos mais comuns — e perigosos — está o uso rotineiro de cotonetes | Reprodução

Cuidar da saúde dos ouvidos é uma prática muitas vezes negligenciada, mas fundamental para preservar uma boa qualidade de vida. Entre os hábitos mais comuns está o uso rotineiro de hastes flexíveis, um produto comumente chamado de cotonetes, por ser a marca mais conhecida. Esse uso, especialmente em crianças, idosos e pessoas com condições específicas de saúde torna-se perigoso.

O que muitos ainda não sabem é que, além de desnecessária, essa prática pode causar mais danos do que benefícios. Num esforço para entender como o ouvido se limpa naturalmente, especialistas vêm alertando sobre os riscos envolvidos na tentativa de “ajudar” esse processo com hastes flexíveis, principalmente quando se acredita, de forma equivocada, que a cera é um sinal de sujeira.

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À primeira vista, o cotonete parece um aliado da higiene pessoal. Afinal, quem nunca sentiu uma “falsa sensação de alívio” após usá-lo para coçar ou “limpar” o ouvido? No entanto, segundo especialistas, esse hábito cultural — passado de geração em geração — pode provocar lesões no canal auditivo, empurrar a cera para dentro e até causar infecções ou perfurações no tímpano.

“Cada vez mais contraindica-se o uso de cotonetes. A cera tem função protetora e o uso do cotonete pode causar traumas, sangramentos e até otites”, explica a otorrinolaringologista Larissa Camargo, do Hospital Santa Lúcia (Brasília).

O canal auditivo é revestido por uma pele sensível, e a membrana timpânica — que separa o ouvido externo do médio — é extremamente delicada. Uma inserção descuidada pode causar desde dor intensa até perfurações que afetam a audição e requerem tratamento médico.

Principais riscos do uso de cotonetes:

  • Perfuração do tímpano
  • Lesões na parede do conduto auditivo
  • Otites externas (infecções no ouvido)
  • Sensação de ouvido entupido ou com zumbido
  • Queda na qualidade auditiva
  • Sangramentos, especialmente em idosos ou pessoas que usam anticoagulantes

Afinal, a cera é sujeira?

Não. A cera do ouvido, ou cerúmen, é um mecanismo de proteção natural do corpo. Sua função vai muito além da lubrificação: ela possui ação antibacteriana, impede a entrada de poeira e microrganismos e ajuda a manter o canal auditivo saudável.

Além disso, o corpo conta com um sistema próprio de “autolimpeza”. Movimentos cotidianos como falar e mastigar movimentam a mandíbula e contribuem para o deslocamento da cera antiga para fora do canal, onde ela seca e cai sozinha. Quando esse processo é interrompido — por exemplo, com o uso de cotonetes — o resultado pode ser a formação de tampões que prejudicam a audição e geram incômodo.

“É um hábito enraizado na cultura brasileira, mas que a ciência já provou ser mais prejudicial do que benéfico”, reforça o otorrinolaringologista Gustavo Meirelles, da Clínica Dolci (São Paulo).

Como manter a higiene do ouvido de forma segura?

A boa notícia é que não é necessário inserir nada dentro do ouvido para mantê-lo limpo. A higiene correta deve se concentrar apenas na parte externa da orelha, com um pano limpo ou a ponta do dedo envolta em tecido macio. Isso já é o suficiente para remover o excesso de secreção e suor acumulado.

Em casos em que houver excesso de cera, coceira persistente ou sensação de ouvido entupido, a orientação é procurar um profissional de saúde, que poderá fazer a remoção com segurança.

Além disso, sprays ou soluções específicas para o ouvido podem ser indicados, mas sempre sob orientação médica. O uso inadequado desses produtos, especialmente em pessoas com lesões já existentes, pode agravar o quadro clínico.

Quando procurar um médico?

Alguns sinais indicam que é hora de buscar ajuda especializada:

  • Dor de ouvido constante
  • Perda auditiva repentina ou gradual
  • Coceira intensa
  • Zumbido persistente
  • Sensação de ouvido bloqueado ou pressão no canal auditivo

Crianças, idosos e pessoas em uso de anticoagulantes devem redobrar os cuidados, pois estão mais propensos a sofrer sangramentos e complicações em caso de traumas no ouvido.

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