
Chegou outubro, e, com ele, a cor rosa toma conta das ruas, das redes sociais e dos uniformes de quem está na linha de frente da saúde. Mas por trás da campanha, existe um lembrete urgente: o câncer de mama ainda é o tipo mais comum entre as mulheres e, detectado tardiamente, pode ser fatal. A boa notícia? Quanto mais cedo for descoberto, maiores são as chances de cura.
Por isso, durante todo o mês, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) reforça o chamado para que mulheres de todas as idades cuidem de si e não deixem para depois os exames preventivos. Com o tema “Vem te cuidar”, a campanha Outubro Rosa 2025 mobiliza hospitais, policlínicas e unidades básicas de saúde para ampliar o acesso a mamografias, consultas com especialistas e orientações sobre o que realmente importa: estar atenta ao próprio corpo.
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E não é só sobre exames. Em várias cidades do estado, também haverá rodas de conversa, ações educativas e visitas da já conhecida Carreta da Mulher, que leva atendimento gratuito a regiões mais distantes.
A enfermeira Michele Monteiro Sousa, da equipe técnica da Sespa, reforça que o principal passo é a mulher assumir o protagonismo no cuidado com a própria saúde. “Muitas vezes, o câncer é descoberto tardiamente por medo, vergonha ou por achar que nunca vai acontecer com a gente. Mas a detecção precoce salva vidas, e é isso que queremos mostrar nesse Outubro Rosa”, afirma.
Só no Pará, a estimativa é que surjam cerca de 1.020 novos casos em 2025. Embora o número assuste, Michele lembra que existem tratamentos eficazes — e, mais importante, formas de prevenir. “O autoconhecimento é um dos primeiros passos. Sentir um nódulo, notar alterações na pele da mama, dor ou qualquer coisa fora do comum deve ser um sinal de alerta para procurar ajuda”, explica.
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Prevenção
Além de fazer exames, os hábitos de vida também são aliados no combate à doença. Evitar alimentos ultraprocessados, priorizar uma alimentação mais natural, praticar atividade física e manter o peso sob controle são atitudes simples que fazem diferença a longo prazo.
Outra mudança importante veio nas diretrizes do Ministério da Saúde: agora, mulheres entre 40 e 49 anos também podem fazer mamografias preventivas pelo SUS, mesmo sem sintomas, desde que decidam isso junto com seu médico. Antes, a faixa prioritária ia de 50 a 69 anos.
E se o diagnóstico vier?
O tratamento está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em diversas unidades especializadas do Pará, como o Hospital Ophir Loyola, o Barros Barreto, e os hospitais regionais de Castanhal, Santarém, Tucuruí e Marabá.
O primeiro passo, no entanto, deve ser dado nas Unidades Básicas de Saúde, onde qualquer mulher pode ser avaliada por um médico ou enfermeiro, que vai indicar os exames adequados — seja mamografia, ultrassonografia ou outros procedimentos.
Mais que números, são vidas
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células na mama, formando um tumor que, se não tratado, pode se espalhar para outras partes do corpo. Embora exista um tipo raro da doença que atinge homens (cerca de 1% dos casos), o foco maior está na saúde da mulher.
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