plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 31°
cotação atual R$


home
SAÚDE

Menopausa e bexiga: entenda por que ocorrem os problemas

A queda do estrogênio durante a menopausa afeta diretamente a bexiga e o trato urinário. A redução do hormônio enfraquece o assoalho pélvico e a mucosa íntima, favorecendo infecções, escapes de urina e urgência para urinar — sintomas que impactam a qualidade de vida e a autoconfiança das mulheres.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Menopausa e bexiga: entenda por que ocorrem os problemas camera É comum acreditar que esses sintomas fazem parte do envelhecimento, mas isso não é verdade. | Reprodução

O corpo feminino muda em silêncio e a menopausa é um dos momentos em que essa mudança se manifesta de forma mais intensa. Ondas de calor, mudanças de humor e ganho de peso costumam ser os sinais mais lembrados. Mas há outra transformação, menos comentada e muitas vezes vivida em segredo: as alterações urinárias. Escapes de urina ao rir ou tossir, vontade súbita de correr para o banheiro, infecções que parecem não ter fim. Tudo isso se torna mais frequente no climatério. A pergunta é: por quê?

O estrogênio, hormônio-chave da saúde feminina, não atua apenas nos ovários. Ele mantém a mucosa vaginal e uretral espessa, lubrificada e protegida contra microrganismos, além de influenciar diretamente o equilíbrio da microbiota íntima. Quando a produção desse hormônio cai, a região perde sua barreira natural de proteção.

Conteúdo relacionado:

O urologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Alexandre Sallum Bull, explica que o resultado é um terreno fértil para infecções urinárias de repetição, sensação de ressecamento, ardência e até dor durante as relações sexuais. Mas não é só isso: a mesma queda hormonal também enfraquece o assoalho pélvico, estrutura muscular responsável por sustentar a bexiga e controlar o fluxo urinário. É aqui que começam os escapes involuntários e a urgência para urinar, sintomas que comprometem não apenas o corpo, mas também a autoestima e a liberdade de muitas mulheres.

É comum acreditar que esses sintomas fazem parte do envelhecimento, mas isso não é verdade. Eles são consequência de alterações biológicas específicas, muitas vezes agravadas por outros fatores presentes nessa fase da vida: gestações prévias, partos vaginais, cirurgias ginecológicas, ganho de peso, sedentarismo e até o impacto do estresse crônico. Tudo isso contribui para sobrecarregar a bexiga e alterar seu funcionamento. Por isso, tantas mulheres percebem uma piora justamente nesse período.

“O efeito dominó na qualidade de vida é profundo. Uma bexiga hiperativa, que desperta várias vezes à noite, compromete o sono. O medo de perder urina em público gera insegurança para usar roupas claras ou praticar atividades físicas. A dor e o ressecamento afetam a vida sexual. Pouco a pouco, a mulher se adapta, evita situações e reduz sua liberdade, como se fosse natural abrir mão de prazeres e autonomia. Mas não é.”. Alerta o Dr. Alexandre Sallum Bull.

Quer mais notícias de saúde? acesse o nosso canal no WhatsApp

A medicina atual oferece soluções eficazes para enfrentar esses sintomas. A reposição hormonal local pode regenerar a mucosa vaginal e uretral, devolvendo proteção e lubrificação. A fisioterapia pélvica fortalece a musculatura e ajuda a retomar o controle sobre a bexiga. Tecnologias como laser íntimo e radiofrequência estimulam colágeno e vascularização da região, melhorando a sustentação. Nos casos mais resistentes, a toxina botulínica aplicada na bexiga atua como uma espécie de “reset”, controlando as contrações involuntárias.

Falar sobre problemas urinários na menopausa é falar de dignidade. É abrir espaço para que mulheres compreendam que esses sintomas são frequentes, sim, mas não são normais. São sinais de que o corpo mudou e de que precisa de cuidado adequado.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Te Cuida

    Leia mais notícias de Te Cuida. Clique aqui!

    Últimas Notícias