Para manter uma boa higiene bucal é preciso cuidar da escovação dos dentes e da língua, além de usar com cuidado o fio dental. Ir ao dentista frequentemente para avaliações é indispensável.
Os dentes do siso, ou terceiros molares, costumam surgir no fim da adolescência, por volta dos 18 ou 19 anos. Considerados um resquício da evolução humana, quando a alimentação exigia mastigação mais intensa, eles perderam parte de sua utilidade ao longo dos séculos com a adoção de técnicas de preparo e cozimento dos alimentos.
Hoje, há quem nem chegue a desenvolver esses dentes, enquanto outros precisam retirá-los por recomendação odontológica. Mas a dúvida permanece: é mesmo necessário extrair os sisos?
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A retirada do siso não é uma regra e só deve ser feita quando o dente causa algum tipo de problema. A avaliação é realizada por um dentista, com auxílio de exames como radiografia panorâmica e tomografia, que mostram se existe espaço suficiente para o terceiro molar nascer de forma adequada.
Entre os motivos mais frequentes para a extração está a pericoronarite, uma inflamação na gengiva que recobre parcialmente o dente durante a erupção. A condição costuma causar dor intensa e pode favorecer reabsorção óssea, além de dificultar a abertura da boca.
Siso causa dentes tortos?
Durante décadas, acreditou-se que o siso empurrava os outros dentes e provocava desalinhamento. No entanto, pesquisas mais recentes indicam que não há relação significativa entre a presença do terceiro molar e o apinhamento dentário.
De acordo com especialistas, o desalinhamento tende a ocorrer por fatores naturais, como o estreitamento gradual do arco mandibular ao longo da vida. A mastigação e o desgaste dos dentes contribuem para essa compressão, independentemente da existência dos sisos.
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Nem todos têm
O padrão mais comum é o desenvolvimento de quatro dentes do siso, mas isso não significa que eles necessariamente irão romper a gengiva. A falta de espaço ou a posição inclinada pode impedir a erupção, mantendo o dente incluso, embora totalmente formado. Esses casos não representam risco imediato, mas exigem acompanhamento periódico.
Há também quem simplesmente não desenvolva um ou mais desses dentes. A agenesia parcial ou total tem se tornado cada vez mais frequente e reflete mudanças evolutivas ainda em curso.
Por que dói?
O nascimento do siso costuma ser marcado por desconforto. O rompimento da gengiva e a possibilidade de o dente ficar semi-incluso criam um ambiente propício ao acúmulo de restos alimentares e bactérias. O resultado pode ser inflamação, mau hálito e dor ao mastigar.
Em algumas situações, o siso também pressiona dentes vizinhos na disputa por espaço, o que intensifica o incômodo e pode levar à indicação de cirurgia para evitar complicações.
Apesar das dúvidas que cercam o terceiro molar, dentistas reforçam que a extração só deve ser feita quando indicada. A regra, segundo especialistas, é acompanhar o desenvolvimento dos sisos e intervir apenas quando eles realmente se tornam um problema.
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