Pela primeira vez em vendas globais, a fabricante chinesa de eletrônicos Xiaomi ultrapassou a Apple e agora ocupa a terceira posição de vendas entre as fabricantes. Os dados são de pesquisa da consultoria IDC divulgada na última quinta-feira (29).
A Xiaomi vendeu 46,5 milhões de dispositivos no terceiro trimestre, quase 5 milhões a mais do que a Apple. A marca americana justifica a queda por fatores advindos da pandemia, que atrasou a produção de aparelhos, tradicionalmente lançados anualmente no mês em setembro. Este ano, o lançamento só ocorreu no início de outubro.
Dois fatores afetaram o ciclo de produção do aparelho: o primeiro deles foi a paralisação das fábricas na China, no início do ano, onde a maior parte dos iPhones são globalmente produzidos. O segundo foi a interrupção de viagens internacionais. Antes do lançamento de um novo iPhone, engenheiros da Apple viajam até o país asiático para acertar detalhes da produção.
Porém, a queda de desempenho da Apple acabou sendo mais grave do que se previa. No período, as vendas de iPhones tiveram queda de quase 21% em receita, chegando a US$ 26,4 bilhões, sendo que analistas esperavam uma diminuição de 16% nas vendas.
De acordo com a IDC, as vendas globais de smartphones caíram 1,3% em relação ao ano anterior, mas a consultoria já sinaliza recuperação em mercados como Brasil e Índia.
Segundo a pesquisa, a Samsung voltou a liderar a global de vendas de smartphones, após perder a liderança do mercado para a também chinesa Huawei, que ficou no topo por um único trimestre. De acordo com os dados, que foram coletados após a temporada de resultados financeiros das empresas, a Samsung vendeu 80,4 milhões de celulares no trimestre encerrado em setembro. Atualmente, a sul-coreana é responsável por quase um em cada quatro smartphones vendidos em todo o mundo.
A Huawei, ainda com informações da IDC, vendeu 51,4 milhões de aparelhos e teve os negócios impactados nos últimos meses pelas sanções impostas nos Estados Unidos em 2019 - a companhia é acusada pelo governo Trump de praticar espionagem a favor do governo chinês.
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