Os vapes (ou cigarros eletrônicos) surgiram como promessa de serem menos nocivos do que os cigarros comuns. A ideia era colaborar para diminuir o vício nos cigarros comuns, mas parece que o hábito nocivo acabou sendo ampliado.

Eles passaram a ser adotados principalmente pelo público jovem e viraram moda. "Fumar pendrive", como várias pessoas que não gostam ou não entendem o gosto por isso falam, levantou discussões também sobre os danos que causa. Porém, será que ele realmente não faz mal?

Veja o vídeo: cigarro eletrônico explode na boca de músico

Primeiro vamos entender como o cigarro eletrônico funciona. O vape pode ter vários formatos e tamanhos, mas funciona da mesma forma. 

Existe um reservatório no aparelho, onde o liquido fica armazenado. Quando o usuário aperta um botão, a bateria do aparelho gera uma corrente elétrica que percorre uma bobina (funcionamento semelhante a resistência do chuveiro elétrico) , gerando calor. Quando a temperatura chega próxima a 300 ºC, o liquido se transforma em vapor.

Segurança

Muitos profissionais da área de saúde já se mostraram contra a utilização desse aparelho, afirmando que ele faz mal para a saúde. Só o fato de uma pessoa inalar vapores quentes, já pode ter danos à mucosa da boca e garganta.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta para um novo tipo de doença associada aos cigarros eletrônicos. A Evali, provoca falta de ar, tosse e expectoração de sangue. Em casos mais graves, pode evoluir para insuficiência respiratória e ser necessária a intubação do paciente, chegando até a causar óbito.

Dados do CDC apontam que até fevereiro de 2020, mais de 2.800 pessoas foram hospitalizadas, nos Estados Unidos, com Evali. A maioria de jovens, menores de 24 anos. Ao todo 69 pessoas morreram.

Ilegais

No Brasil a comercialização, importação e propaganda desses dispositivos é proibida de acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009.

Os aparelhos e líquidos vendidos ilegalmente no país não passam por qualquer teste de qualidade para atestar sua segurança. Ou seja: os danos nem são ainda totalmente conhecidos.

Ainda assim, por ser uma tecnologia recente, não existem dados conclusivos se os cigarros eletrônicos causam ou não câncer. Isso porque pesquisa relacionadas a esta doença demandam anos de exposição à substancia cancerígena.

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