A apresentação de Neymar no clube árabe Al-Hilal foi um dos maiores destaques do último sábado (19) no estádio Rei Fahd, em Riad, na Arábia Saudita. Cerca de 68 mil pessoas testemunharam a chegada do brasileiro que o fez de forma triunfal no campo, precedido por uma apresentação única de tirar o fôlego: um show de drones que formavam frases e o rosto do jogador.
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Ao longo de mais de 6 minutos de apresentação disponível em vídeo, é possível acompanhar a pirotecnia que arrancou os olhares em direção aos céus. Com sincronia e o auxílio de um controlador, o novo camisa 10 do Al-Hilal teve seu rosto em 3D sobrevoando o estádio, acompanhado da frase “Neymar is Blue” (Neymar é azul, em tradução livre).
“Esses shows pirotécnicos com luzes dos drones começaram em Miami no ano de 2017. A partir disso, compraram a ideia, acharam interessante e passaram a distribuir no mundo todo”, contextualiza o piloto de drone Paulo Henrique, que atua no mercado em Belém desde 2012.
Ferramentas de alto nível
Paulo avalia que o salto tecnológico foi gigantesco desde os primeiros protótipos, que na época eram maiores e exigiam dois operadores para pleno funcionamento. A constante evolução possibilita o que atualmente assistimos extasiados nos céus.
“A média de drones utilizados [para uma apresentação como aquela] é de 100 a 135 aparelhos ou mais, dependendo do tipo de desenho que será projetado. São drones computadorizados que recebem uma informação via computador. Essa informação vai do posicionamento de cada drone no ar para formar o desenho, fazer a transição de imagem de um para o outro. É tudo computadorizado e bem interessante”, explica o piloto.
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No caso de uma apresentação daquele porte, ele acrescenta: “A equipe coloca os drones sincronizados em um local aberto, depois o controlador, com o auxílio de uma mesa, faz todo o processo de transição do show que ele quer”.
Profissionalização
Especialista em manutenção e operação de drone, o profissional reafirma que conhecimentos em eletrônica e programação são peças fundamentais para se inserir no nicho das pirotecnias feitas com drones, além do investimento nas ferramentas que vão possibilitar esse trabalho.
“São duas áreas essenciais para você começar. Embora eu ainda não tenha visto esses cursos específicos no Brasil, sei que adquirir o equipamento é caro, algo em torno de 300 a 400 mil reais. São drones muito leves que possuem GPS com uma precisão absurda para que possam se manter posicionados, além da controladora e um dispositivo que recebe as informações do computador”, enfatiza.
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