São Paulo — O sensor de íris que a Samsung utilizou no Galaxy S8 foi enganado por pesquisadores de segurança com o uso de uma foto do olho do dono do smartphone e lentes de contato.
Os especialistas do Chaos Computer Club usaram uma câmera com lente de 200mm, com modo noturno ativo, para fotografar a íris de uma pessoa a uma distância de até cinco metros. O resultado foi impresso a laser e colocado sobre a lente. Com isso, o sensor de íris do Galaxy S8 foi enganado e o acesso ao smartphone foi concedido. O vídeo desse feito pode ser visto aqui.
A Samsung informa que o sensor de íris é um padrão de desbloqueio que chega a ser 200 vezes mais seguro do que o uso da impressão digital. No entanto, esse caso mostra que ele não é infalível–algo similar também já aconteceu com o sensor de digitais e com a tecnologia de reconhecimento facial.
Ainda assim, não foi uma tarefa fácil. Foram necessárias mais de 10 tentativas até que a técnica desse certo.
Nos testes de usabilidade e performance que fizemos no INFOlab, laboratório de testes de EXAME.com, não contatamos problemas de segurança ou uso com o sensor de íris do Galaxy S8. A detecção de olhos sempre ocorreu de maneira precisa, mesmo quando registramos a íris estando de óculos no rosto–o que a Samsung não recomenda fazer.
Como é sofisticada, provavelmente essa descoberta não deve afetar, por exemplo, quem teve o celular roubado ou quem tem dados sigilosos no aparelho. Ainda assim, esse feito é um bom lembrete de que a segurança digital pode ser frágil.
A Samsung informou o seguinte a respeito desse caso:
“Sabemos do problema, mas gostaríamos de garantir para nossos clientes que a tecnologia de detecção de íris no Galaxy S8 foi desenvolvida por meio de testes rigorosos para oferecer um alto nível de precisão e para prevenir tentativas de comprometer a segurança, por exemplo, com o uso de imagens da íris de uma pessoa. Se houver uma vulnerabilidade em potencial ou advento de um novo método que desafie nossos esforços de garantir a segurança em qualquer momento, vamos reagir tão rápido quanto possível para resolver esse problema”.
Arquivado em:TECNOLOGIAFonte: Exame
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