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IRREGULARIDADES

Condutores abusam da imprudência na pista do BRT

Trecho localizado na avenida Augusto Montenegro requer muita atenção, principalmente por parte dos pedestres, já que, muitas vezes, não contam nem com calçada para andar.

Imagem ilustrativa da notícia Condutores abusam da imprudência na pista do BRT camera Cenas como essa são comuns na pista, principalmente nas áreas do Satélite, Maguari e Tenoné. | Celso Rodrigues

A qualquer hora do dia, a desorganização e as infrações de trânsito podem ser facilmente observadas na Avenida Augusto Montenegro, um dos principais corredores de tráfego da capital paraense. Ciclistas, motociclistas e pedestres trafegando pela pista do Sistema BRT são cenas que se repetem o tempo todo. Veículos fazendo retornos em locais proibidos e estacionamento irregular são práticas rotineiras por ali.

Entre os perímetros mais críticos está a área que compreende os conjuntos Satélite, Maguari e o bairro do Tenoné. Nesse local não há ciclovias e, em alguns pontos, nem mesmo calçadas existem, obrigando as pessoas a circularem muito próximas aos veículos.

Durante uma ronda pela via, na tarde de ontem (13), a equipe do DIÁRIO flagrou cenas como um ciclista conduzindo a bicicleta pela pista do BRT enquanto checava o seu celular. E também motociclistas sem capacete, equipamento de segurança obrigatório.

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Risco

No momento em que o eletricista Adenilson de Lima, 27 anos, trafegava em plena pista da avenida, sentido Icoaraci/Belém, ele escapou de um atropelamento. A rotina é arriscada, já que o jovem utiliza a bicicleta como seu meio de transporte. “Quase sofri um acidente, cheguei a bater meu rosto. Tinha um carro parado na beira da rua e vinha outro passando, eu bati de frente (com o carro parado). O motorista até me pediu desculpas. Eu só ando no BRT, por não ter opção. Anda muito ciclista por aqui, deveria ter pelo menos uma ciclofaixa. Tem muito acidente, principalmente na travessia da parada do Tapajós. Toda semana tem acidente lá”, pontuou o jovem.

Todos os dias o advogado Djair Alves, 29 anos, faz o trajeto saindo de sua casa, um residencial na Augusto Montenegro, bairro do Tenoné, até uma academia de crossfit, sempre a pé. Em alguns pontos da via, precisa andar pela rua mesmo, pela falta de calçadas. Ele mora há 16 anos no local e presencia imprudências e acidentes quase diariamente.

“É um descaso extremo, falta de respeito com a população. Deveria ter calçada até o final da avenida. Quebraram a que existia em frente ao residencial em que moro pra fazer o BRT. Vans e motos são os que mais cometem infrações, é retorno onde não é pra fazer, avanço de sinal vermelho. Sem contar os carros e motos que trafegam pelo BRT e não tem ninguém pra fiscalizar”, disse Djair.

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Já o agente de limpeza Leandro Bittencourt, 39 anos, também se arrisca caminhando pela rua, até o ponto de ônibus. Ele trabalha em um perímetro da via, no Tenoné.

“No BRT tem muita imprudência, é proibido andar de bicicleta e tem muitos veículos passando em alta velocidade. Não tem nenhuma faixa de pedestres e ciclovia por aqui. O ciclista e o pedestre são obrigados a atravessarem o BRT, porque não tem uma faixa de pedestres, não tem sinal próximo e, muitas vezes, o motorista não tem consciência de parar para essas pessoas atravessarem. Mal tem parada de ônibus, calçadas e não tem fiscalização”, criticou.

Motociclistas ainda são as maiores vítimas do trânsito

O registro de acidentes e mortes no trânsito envolvendo motociclistas vem diminuindo no Estado, mas a categoria continua sendo a maior vítima nas rodovias do Pará. Levantamento do Detran, com base nos dados do Sistema Integrado de Segurança Pública, mostra que no ano passado, até o mês de novembro, 9.856 motociclistas ficaram feridos e 606 perderam a vida enquanto conduziam o veículo. A conscientização de condutores para um trânsito seguro é um dos objetivos do movimento Maio Amarelo.

Segundo o Detran, em 2019, foram 11.777 motociclistas feridos e 799 óbitos. Apesar da tendência de queda se manter desde 2018, o Detran considera os números elevados se comparados ao segundo grupo que mais morre no trânsito, o passageiro, que, em 2020, registrou 165 casos, ou seja, quatro vezes menos que os motociclistas.

Jovens e homens

Além dos motociclistas, as estatísticas apontam que, em Belém, jovens e pessoas do sexo masculino são os que mais morrem no trânsito. Os dados do programa Vida no Trânsito, da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), mostram que quase 30% das vítimas de trânsito em 2019 tinham entre 20 e 30 anos de idade, desses, 68% eram homens.

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