Usinas de reciclagem e reaproveitamento do lixo doméstico e até mesmo industrial poderiam ser uma alternativa para diminuir a quantidade de resíduos produzidos diariamente nas grandes cidades e consequentemente diminuir sobre maneira a existência de aterros sanitários que dada ao tratamento inadequado são chamados de lixões. Um problema que precisa com urgência ser resolvido, embora já existam leis para isso.
Moradores de comunidades quilombolas e dos municípios de Bujaru e Acará, no nordeste paraense, bloquearam a rodovia PA-483, a Alça Viária, no sentido Belém-Barcarena, nesta sexta-feira (5). O bloqueio, utilizando toras de madeira, começou por volta das 6 horas próximo ao km 19, gerando um gigantesco engarrafamento, e só foi encerrado apenas no início da tarde, por volta das 14h30.
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A manifestação foi a maneira encontrada pela população para protestar contra a instalação de um aterro sanitário em Bujaru, que teria como principal função receber os resíduos sólidos de toda a Região Metropolitana de Belém (RMB).
Líderes comunitários e ambientalistas tomaram conhecimento de que estudos estão sendo feitos para a criação de um "lixão" na região. O que gerou preocupação com possíveis prejuízos à saúde da população e contaminação do meio ambiente.
Uma nota divulgada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) assegura que não há qualquer processo de licenciamento para a instalação de aterro sanitário no município de Bujaru. Contudo, no mesmo comunicado a Semas admite ter recebido uma carta consulta solicitando informações sobre essa possibilidade.
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Notas de esclarecimento
Já a empresa Guamá Tratamento de Resíduos, que não se manifestou diretamente sobre a possibilidade de instalação de um aterro sanitário em Bujaru, optou por divulgar uma nota de esclarecimento na qual afirma que: "(...) em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, está de acordo com qualquer manifestação das comunidades contrárias ao funcionamento de lixões, que trazem prejuízos ambientais e sociais no seu entorno. A empresa se coloca à disposição da população e das autoridades e não medirá esforços para discutir as soluções para o fechamento dos lixões ainda existentes nos municípios do Pará, combatendo assim o descarte irregular e a falta de tratamento adequado dos resíduos sólidos gerados pela população paraense".
O comunicado segue acrescentando que: "(...) o seu Aterro Sanitário (da empresa), localizado no município de Marituba, recebe cerca de 1.300 toneladas de resíduos todos os dias, onde são tratados adequadamente, de acordo com a legislação ambiental, com sistemas de encapsulamento dos resíduos sólidos, tratamento do chorume e captação e queima do biogás gerados no aterro, devidamente licenciado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS/PA). Diferente de lixões, o Aterro Sanitário de Marituba, além de contribuir com o meio ambiente, apresentando solução para a destinação de resíduos, gera riquezas através do pagamento de impostos e taxas ao governo e de empregos para região metropolitana de Belém".
"Mantendo seu compromisso com os órgãos fiscalizadores, a empresa investe continuamente em engenharia e inovação no Aterro Sanitário de Marituba, onde, dentre as melhorias, até o final do ano, será inaugurada a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), para o tratamento de todo o chorume gerado na unidade, em substituição ao sistema atual de osmose reversa, amenizando de forma significativa os odores decorrentes da operação do empreendimento. A empresa possui os canais de contato, via WhatsApp no número (91) 99242-1783 (Alô Guamá), seguindo à disposição da sociedade para registro de qualquer tipo de manifestação", concluiu a nota.
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