D esviar da buraqueira formada na avenida Pedro Álvares Cabral, bairro da Marambaia, bem como em outras vias de Belém, tem sido uma tarefa difícil para os condutores. Um dos principais corredores da cidade, já que serve de alternativa para quem trafega pela rodovia BR-316, vindo de municípios da Região Metropolitana, para acessar o centro da capital, esta via mantém um fluxo intenso de ônibus, caminhões e veículos de passeio, como carros e motocicletas.
Os buracos estão espalhados por toda a Pedro Álvares e quem trafega pelo local constantemente contabiliza prejuízos financeiros, devido aos danos ocasionados em veículos. É o caso do motorista Alcir Sarmento, 41. Ele explica que, ao passar pela buraqueira, é inevitável o carro ficar com a direção desalinhada e há o risco de ocorrer o estouro de pneus. Ele, inclusive, desistiu de fazer a manutenção no veículo.
“Tem três meses que fiz o alinhamento e balanceamento. Só que um mês depois caí de novo em um buraco e desisti de fazer o realinhamento. Parece que a cidade não tem prefeito”, dispara. Para ele, ir atrás de um ressarcimento junto ao poder público é uma busca em vão. “Tem uma lei que diz que o cidadão pode recorrer para a Prefeitura arcar com os prejuízos, mas é brigar com gigante. Eu era motorista de ônibus há três anos e já era precário. Agora está pior”.
O funcionário público Amarildo da Costa, 55, precisou fazer alinhamento e balanceamento duas vezes, neste 1º semestre do ano. “Tem que trocar peça, ficar indo pra oficina. Tem que trocar a bucha dos braços de direção que folgam pra poder fazer o alinhamento. A gente anda com 60km/h, no máximo. E quando chove é pior porque a gente não vê o buraco”, atesta.
CRATERA
Não muito distante dali, uma cratera situada na avenida Júlio César, sentido aeroporto de Belém, passando o sinal da avenida Centenário, foi sinalizada pela população com pedaço de pau e pneus. O buraco prejudica o tráfego na área. Ao rodar pela cidade diariamente, o taxista Dalte Ramom, 62, afirma que poucas ruas estão em bom estado de conservação asfáltica. “Quase toda cidade está assim. Só algumas vias se salvam. Prejudica suspensão, amortecedores, pivôs e a gente que fica com prejuízo. Os pneus acabam mais rápido também. Já troquei dois pneus e fiz alinhamento”, diz ele que teve de desembolsar cerca de R$ 700 com a manutenção.
RESPOSTA
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que as duas vias citadas na matéria “estão no cronograma desta semana das ações tapa-buraco da Sesan”. E diz ainda que “nesta primeira etapa o trabalho será executado no elevado da Júlio César, descendo para a avenida Pedro Álvares Cabral no sentido Entroncamento”.
(Pryscila Soares/Diário do Pará)
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