A estrela brilhou no momento certo

O sabor da vitória azulina teve um gosto doce na boca de qualquer remista, dentro ou fora das quatro linhas. Mas para um atleta em especial, o título de protagonista cairia perfeitamente, tudo porque, depois de um campeonato inteiro desacreditado, o atacante Rafael Paty desencantou, com direito aos dois gols da vitória no clássico.

O ‘fantasma’ das chances perdidas finalmente foi para o espaço. “Por tudo o que eu fiz, eu sabia que Deus ia me presentear, mas não dessa forma, porque não mereço tudo isso. Só sei que é gratificante demais. Eu fiquei feliz pra caramba. Se soubessem o quanto trabalho duro... A bola não estava entrando, mas não era falta de vontade”, ressalta o atleta, que chega aos cinco gols no Campeonato Paraense e encosta na artilharia, atrás apenas de Clayton Monga, do Gavião Kyikatejê.

Assim como vários jogadores do grupo, Paty ficou foi relegado ao banco de reservas, enquanto o time era comandado por Zé Teodoro, mas a estrela de Cacaio brilhou tanto que acabou iluminando até quem andava desacreditado.

Ao perceber a chance, Paty abraçou com força e provou que o faro de artilheiro continua apurado, embora não tenha passado perto dos 14 gols marcados na edição do ano passado. “Deus estava guardando um bom momento para mim. A gente reclama, mas tem muita gente que nem pode reclamar porque nem trabalha, e eu aprendi isso. Todo nosso esforço é válido e graças a Deus tudo deu certo”, desabafa o atacante, que um dia foi banco do ‘astro’ de um jogo: Flávio Caça-Rato.

(Diário do Pará)