
Pesquisadores do Schmidt Ocean Institute, registraram pela primeira vez uma lula da espécie Spirula spirula em seu habitat natural. Os cientistas estavam estudando a Grande Barreira de Corais, na Austrália, quando se depararam com o animal bizarro. O instituto compartilhou o momento do flagrante em suas redes sociais.
O registro foi feito com auxílio do SuBastian, um veículo operado remotamente (ROV). Quando os cientistas avistaram o animal, a 842 metros de profundidade. De início, eles não se deram conta do que estavam vendo na tela, mas especularam que poderia ser uma lula minúscula, com cerca de cinco centímetros e resolveram consultar Mike Vecchione, zoólogo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian, que deu o veredito: era uma Spirula spirula, também conhecida como “lula chifre de carneiro”.
CONFIRA O VÍDEO!
Exciting news! This appears to be the FIRST observation of Spirula, aka ram's horn squid, alive + in its natural environment. Very rarely seen or captured, they have many extinct relatives, but are only living member of genus Spirula, family Spirulidae, and order Spirulida. 1/3 pic.twitter.com/re4rZyRuER
— Schmidt Ocean (@SchmidtOcean) October 27, 2020
De acordo com os especilaistas, o apelido tem relação com sua concha interna, que lembra um chifre de carneiro. A concha do cefalópode é comumente encontrada em praias do mundo todo, mas seus donos nunca aparecem para contar a história. A falta de registros do animal vivo na natureza é o que torna a descoberta tão importante. Com o vídeo, os cientistas já conseguem começar a estudar as características da espécie.

Entre as primeiras observações, temos a forma de nadar da Spirula, intimamente ligada com sua anatomia. A lula flutua na vertical, com os tentáculos voltados para cima e o manto – parte do corpo que contém a casca e órgãos internos – para baixo. Na outra extremidade do manto, há ainda duas nadadeiras que, no vídeo, são vistas ondulando na água. A concha espiral também está dentro do manto e serve para dar flutuabilidade ao animal.

A Spirula contém ainda um órgão bioluminescente na ponta de seu manto. Esse elemento é comumente encontrado em seres marinhos que vivem em águas profundas, e serve para ajudar o animal a evitar os predadores. A Spirula se mantém de cabeça para baixo, jogando a luz para as profundezas e minimizando a aparência de sua silhueta quando vista de cima.
Agora os cientistas querem entender como a parte flutuante do animal (manto) se mantém para cima, já que a cabeça é mais pesada.
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