A maioria das pessoas tem medo de frequentar cemitérios, afinal, a morte é um tema que ainda assusta muita gente. E para desmitificar as histórias de fantasmas, assombração e o medo da morte, o goiano Júnior Soares, 34, criou uma estratégia pra lá de inusitada e divertida. Ficou curioso? Vamos explicar essa história que viralizou na internet.
Morando há seis anos em Paris, na França, César Júnior, tem divertido internautas falando sobre o seu trabalho como coveiro. Segundo ele, usar o humor para mostrar a rotina entre túmulos e lápides é uma estratégia de fazer as pessoas refletirem sobre os estereótipos do cemitério. No TikTok, em dos seus vídeos mais assistidos, ele mostra cenas do que se passa na cabeça de um coveiro. O conteúdo já foi curtido por 1,2 milhão de pessoas e recebeu 10,4 mil comentários. No Instagram, ele soma 54 mil seguidores.
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Soares diz que foi trabalhar no cemitério por conta da rotina pesada da construção civil e viu essa oportunidade de emprego como uma oportunidade para mudar de área, que até então, não tinha nenhuma pretensão.
@cjmanim Luva de coveiro - do multiverso das luvas #luvadecoveiro #luvadepedreiro #freeza #receba #tiktokbrasil ♬ som original - Coveiro Junior
Após a repercussão dos seus vídeos, ele conta. "Coveiros do Brasil inteiro começaram a vir falar comigo". Em uma outra publicação, Soares brinca falando que vai mostrar um local mal-assombrado. O vídeo mostra então uma árvore que não está fazendo sombra. "Pronto, um local mal-assombrado", conta rindo.
No entanto, apesar da grande repercussão e milhões de acessos, nem todos gostam do material produzido por ele. "Algumas pessoas achavam que eu era um grande fã do cemitério e outras respondiam inbox com a palavra 'credo”
@cjmanim Igual tatu!
♬ Flauta (Remix) - DJ 7W & MC Mari
Produção dos vídeos
Para editar os vídeos e sair mais elaborado, ele conta com a ajuda da filmagem de um amigo, e o goiano aproveitava o tempo livre para estudar um pouco de produção de vídeo. Mesmo tendo muito trabalho durante o período mais intenso da pandemia de covid-19, com várias mortes por dia. Para organizar a produção de conteúdo, o brasileiro anota todas as ideias e falas em um rascunho no próprio celular. Depois tenta organizá-las sempre que sobra um tempo.
Chefe do cemitério o apoia
Desde de não atrapalhe o trabalho, Soares conta que tem aprovação de seu chefe. O brasileiro ainda acrescenta que tem o cuidado de nunca fazer filmagens durante os sepultamentos ou cerimônias que ocorrem dentro do local. "Tenho respeito. Se fosse comigo, também não gostaria", afirma
@cjmanim Pensamentos de um coveiro - parte 3 #pensamentos #coveiro #cemiterio #brasileirospelomundo #engraçado #brasil #parati #pravoce #comediabr ♬ som original - Coveiro Junior
Perguntas inusitadas
Soares conta que umas das curiosidade é se ele já teria enterrado alguém vivo. Outra muito frequente é se ele já viu assombração. Mesmo querendo que o coveiro conte a todo custo, atos sobrenaturais não acontecem, diz o goiano. Um pedido que faziam muito a ele era o registro de exumação dos corpos no local. Mas como precisa de autorização e ele preza pelo respeito aos familiares, ele afirma a Tilt que não faria isso em seus vídeos. "As pessoas têm bastante interesse sobre isso. Mas mostrei apenas eu me preparando", diz.
Garoto-propaganda de funerária
Por causa da grande a repercussão, o brasileiro está pensando em criar um canal no YouTube. Mas, enquanto isso não acontece, ele diz lidar com propostas de algumas empresas funerárias brasileiras que o convidaram para ser "garoto-propaganda" da marca. "Eles querem fazer com que o cemitério se torne mais atrativo", afirma..
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