Durante trabalhos de escavações em uma caverna na Espanha, um grupo de arqueólogos encontraram um crânio humano que foi usado como taça. No local, foram achados outros restos mortais, como ossos, que teriam sido usados para outros propósitos. Estima-se que os achados sejam de algum período entre os séculos V e II a.C.
As ossadas, foram encontradas em um local conhecido como Cueva de los Marmoles, no sul da Espanha, pertencem a pelo menos 12 humanos que viveram há mais de 2,5 mil anos. Durante analises, os pesquisadores identificaram práticas funerárias até então desconhecidas, com evidências de que os ossos foram modificados e usados até mesmo como ferramentas. De acordo com os arqueólogos, os ossos apresentam possuíam fraturas e arranhões que podem ter resultado de esforços para extrair medula e outros tecidos.
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“Estas práticas são bem exemplificadas pela recuperação de uma ‘taça de caveira’ e de dois ossos longos utilizados como ferramentas ou como uma taça feita de crânio.. Estes dados alinham-se com os de outros contextos cavernícolas da mesma região geográfica, sugerindo a presença, especialmente durante o período Neolítico, de ideologias compartilhadas centradas no corpo humano", disseram os autores do estudo publicado no periódico científico PLOS ONE.
O propósito para o qual a taça de caveira foi criada ou seu significado permanecem um mistério. Segundo os cientistas, o crânio mostra evidências de que o indivíduo foi submetido a um procedimento de trepanação (técnica de raspagem, incisão e perfuração craniana) enquanto ainda estava vivo. Atualmente, há um consenso científico de que essa prática era difundida entre diferentes culturas antigas.
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