O medo é uma emoção natural que nos protege de possíveis perigos, também pode alterar nossa percepção da realidade. A sensação da presença de algo no escuro, um rosto que aparece nas sombras, ouvir vozes ou visões aleatórias podem ser apenas produtos da nossa imaginação, segundo a ciência.
Para o professor de psicologia da Universidade Goldsmiths, Christopher French, as experiências com fantasmas são interpretações verdadeiras, porém equivocadas, e esse fenômenos possuem explicações.
Segundo ele, o cérebro cria falsas memórias ou dá sentido a estímulos aleatórios, como identificar rostos em sombras ou em uma parede. Isso ocorre porque o cérebro prefere reconhecer algo familiar em formas abstratas. Em outras palavras, nosso cérebro pode nos pregar peças.
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French argumenta que o fato de não encontrarmos uma explicação para um evento não significa que ela não exista. Em seu livro The Science of Weird Shit: Why Our Minds Conjure the Paranormal ("A Ciência das Coisas Estranhas: Por que Nossas Mentes Criam o Paranormal", em tradução livre), ele explora diversas experiências paranormais, como abduções alienígenas, encontros com fantasmas e avistamentos de óvnis, analisando como o cérebro humano pode interpretá-las.
Um dos exemplos citados por French é a paralisia do sono, é quando o cérebro está consciente enquanto o corpo permanece imóvel. Durante esse período, as pessoas experimentam alucinações e sensações de paranoia, chegando até a "ver" fantasmas.
Uma pesquisa publicada no International Journal of Applied and Basic Medical Research, diz que cerca de 8% das pessoas no mundo já vivenciaram a paralisia do sono. Esse número aumenta para 30% entre aqueles com transtornos mentais, indicando que essas experiências estão ligadas à forma como o cérebro processa o sono.
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Já um estudo publicado na revista Frontiers, revela que o medo nos torna mais atentos, especialmente em lugares escuros, mas também pode interromper processos cognitivos importantes.
Essa interrupção pode levar a conclusões precipitadas do que está acontecendo ao nosso redor. Essas reações são essenciais para entender por que as pessoas tendem a interpretar certos eventos como paranormais, refletindo como nossa mente busca nos proteger, ainda que de forma equivocada.
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