Diante da derrota do time pelo qual estamos torcendo, disparar um “seu pé-frio” para alguém próximo a nós chega a ser tão comum que podemos nem perceber. A expressão pode ser usada em várias situações, mas tem seu espaço guardado no vocabulário de fãs de esportes, especialmente no futebol.
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É claro que uma expressão como essa possui uma história bem mais complexa do que se imagina. Afinal, a primeira vez que foi citada aconteceu no século 19, em uma coluna de um periódico de uma cidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.
História
O autor da crônica descreveu um jogo de pôquer que participava e havia revelado um método inusitado para evitar perder dinheiro: sempre que seus pés esfriassem (“cold feet”), era hora de sair da partida.
Esse mesmo uso foi feito 60 anos depois, no livro “Seed Time and Harverst”, do escritor alemão Fritz Reuter. Na obra, o autor também descreve um jogo de cartas e um jogador que abandona a partida após sentir os “pés-frios”.
Até aquele momento, a expressão não estava tão marcada no vocabulário das pessoas, mas para as poucas que tiveram contato era uma forma de descrever alguém cauteloso.
Significados
O termo “pé-frio” passou a ser associado à falta de grana e, quando o contexto eram jogos, estava associado à cautela. Ele também já possuía sinônimos, como: “medo”, “apreensão” ou “falta de coragem” para algo previamente combinado (por exemplo, se referir a noivos e noivas apreensivos antes do casamento).
Então, em 1896, a expressão reaparece, dessa vez no livro “Maggie: A Girl of the Streets”, do escritor Stephen Crane, no seguinte trecho: “Eu sabia que era assim que seria. Eles ficaram com pé-frio [amarelaram]”.
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A partir daí, o termo “pé-frio” se popularizou, tendo seu significado alterado com o passar do tempo, especialmente no Brasil, onde foi atribuído a uma pessoa que “tem azar”, logo que ninguém quer por perto, principalmente em dias de jogo de futebol.
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