O pirarucu (Araipama gigas), pode chegar aos três metros de comprimento e pesar quase 200 kg. É o maior peixe com escamas que vive em água doce do planeta. Endêmico da bacia amazônica habita principalmente, lagos de várzeas e florestas inundadas, e, além do Brasil, pode ser encontrado no Peru, na Bolívia e na Guiana.
O nome pirarucu é de origem tupi (pira = peixe e urucu = vermelho) atribuído à intensa coloração dominante na orla posterior das escamas em algumas regiões do corpo cuja a intensidade e o número variam de acordo com o sexo e o período de reprodução.
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Devido ao seu grande porte e rico conteúdo proteico, é uma espécie de peixe muito consumida e comercializada, e uma iguaria tradicional da culinária amazônica, sendo inclusive considerado o "bacalhau brasileiro" por causa do sabor da carne.
O mais curioso aspecto dessa espécie é a necessidade de respiração fora da água, relativamente similar ao que acontece com mamíferos e répteis marinhos. Por causa da bexiga natatória muito vascularizada desenvolvida para a respiração aérea obrigatória – se usar apenas as brânquias por mais de meia hora, em média, esse peixe morre por asfixia – o pirarucu costuma subir com frequência para a superfície da água a cada 20-30 minutos.
Ao conseguir extrair oxigênio diretamente do ar através do seu pulmão primitivo, o pirarucu obtém várias vantagens metabólicas e de sobrevivência. Aliás, consegue viver fora da água por um período considerável de tempo desde que seja constantemente irrigado com água.
Outras espécies de peixes possuem respiração aérea obrigatória ou facultativa (ex.: piramboia e o poraquê), e muitas inclusive conseguem se locomover com certa facilidade no ambiente terrestre com a ajuda das nadadeiras servindo como "pernas". Esses exemplos ilustram bem um potencial modelo de transição terra-água que permitiu há centenas de milhões de anos a evolução dos anfíbios, répteis e humanos a partir de peixes vertebrados marinhos.
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