O carnaval é a época que muitos vestem a fantasia e aproveitam 4 dias de festa nas ruas, bailes e avenidas. Mas não haveria carnaval sem música ou as tradicionais marchinhas.
De acordo com a Sociedade Artística Brasileira (Sabra), as marchinhas de carnaval tem origem no Rio de Janeiro no início dos anos 1920. Com o objetivo de animar as festas de ruas, elas são influenciadas por marchas portuguesas, mas no Brasil ganharam um ritmo mais acelerado, letras ambíguas e uma certa malícia.
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Mais de um século depois, as marchinhas continuam sendo tocadas em blocos de rua e bailes. Porém, algumas letras poderiam gerar polêmica nos dias atuais. Confira 5 marchinhas que seriam "canceladas" em 2024.
Cabeleira do Zezé:
A marchinha composta em 1964 é considerada por muitos como politicamente incorreta e possivelmente homofobica. Os versos parecem dar a entender que o personagem principal da música, o Zezé, seria parte da comunidade LGBT+, além do uso da palavra "transviado" e o pedido de "cortar o cabelo dele".
Maria Sapatão:
Já "Maria Sapatão", do mesmo autor de cabeleira do Zezé, gera polêmica nas redes sociais pelos versos "De dia é Maria, de noite é João" e por ter ajudado a popularizar o termo "sapatão", um termo utilizado de forma pejorativa para lésbicas.
O teu cabelo não nega:
Composta pelos irmãos Valença e Lamatirne Babo, em 1929, é "cancelada" por versos que podem indicar racismo como: "(..) és mulata na cor/ mas como a cor não pega, mulata/ mulata eu quero o teu amor". Além disso, o termo "mulata" também é usado de forma pejorativa, para definir uma mulher filha de brancos e negros.
Índio quer apito:
Composta em 1961, é uma das marchinhas mais tocadas nas ruas do Brasil no período carnavalesco. O termo "índio" também considerado pejorativo, podendo indicar racismo e sendo mais correto o uso de palavras como indígena ou a expressão povos originários.
A pipa do vovô:
No final da década de 1980, mais precisamente em 1989, o apresentador Silvio Santos lançou a marchinha "a pipa do vovô" com uma letra maliciosa e muito ambígua. Há quem diga que tenha um etarismo na letra, ou seja, a discriminação com pessoas por causa da idade ou pessoas idosas.
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