![Fragmentos continham códigos - e alguns tinham tamanho inferior a um centímetro quadrado Imagem ilustrativa da notícia Descobertas recentes dos manuscritos do Mar Morto](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/640x360/38_00893865_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2F38_00893865_0_.jpg%3Fxid%3D3004928&xid=3004928)
Em um avanço histórico, pesquisadores da Universidade de Haifa, em Israel, decifraram uma das últimas partes dos enigmáticos Manuscritos do Mar Morto, que permanecia obscura desde sua descoberta. O trabalho meticuloso, realizado ao longo de um ano, reuniu sessenta pequenos fragmentos, alguns com menos de um centímetro quadrado, revelando detalhes inéditos sobre festivais judaicos antigos e o processo de escrita dos textos.
Os fragmentos foram analisados pelos pesquisadores Eshbal Ratson e Jonathan Ben-Dov, que conseguiram identificar o nome de um festival dedicado à celebração das mudanças de estação: Tekufah, termo que ainda hoje significa "período" em hebraico. O código decifrado também detalha um calendário de 364 dias e menciona celebrações tradicionais, como o novo trigo, o novo vinho e o novo óleo, vinculadas ao festival judaico de Shavuot, também conhecido como Festa das Colheitas.
Outro achado significativo foi a identificação de um escriba que revisou e corrigiu erros cometidos pelo autor original do manuscrito. Anotações feitas nas margens ajudaram os pesquisadores a desvendar o código e a montar o complexo "quebra-cabeça". “Esses comentários foram sugestões cruciais que me mostraram como montar o manuscrito”, disse Ratson ao jornal israelense Haaretz.
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Os Manuscritos do Mar Morto, descobertos entre 1947 e 1956 em cavernas de Qumran, na Cisjordânia, são considerados o exemplar mais antigo da Bíblia Hebraica já encontrado, datado de aproximadamente 4 a.C. Embora sua autoria permaneça um mistério, muitos estudiosos atribuem os textos aos essênios, uma antiga seita judaica. A descoberta original foi feita por um jovem pastor beduíno, enquanto procurava uma ovelha desgarrada, dando início a uma das maiores descobertas arqueológicas do século XX.
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Com esses novos fragmentos decifrados, a história dos Manuscritos do Mar Morto ganha mais um capítulo, enriquecendo o entendimento sobre a vida religiosa e cultural de comunidades judaicas antigas.
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