
Uma descoberta arqueológica revolucionária trouxe à luz novas informações sobre a antiga relação entre humanos e cães e como o processo de domesticação destes animais teria começado.
Pesquisadores encontraram um raro esqueleto canino do período Paleolítico, datado entre 16.000 e 15.300 anos, em uma caverna no sul da França. Este achado, detalhado na revista científica Quaternary Science Reviews, oferece evidências cruciais sobre o processo de domesticação dos primeiros cães.
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O esqueleto pertence a uma fêmea adulta de aproximadamente 26 quilos, que apresenta uma combinação única de características de lobos selvagens e cães domesticados.
Esta configuração levou os especialistas a classificarem o espécime como um verdadeiro "cão paleolítico" - potencialmente um elo fundamental na história evolutiva dos cães modernos.
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"O excelente estado de preservação deste fóssil nos permite analisar em detalhes a morfologia do animal e extrair informações valiosas sobre sua vida e interação com humanos primitivos", explica a equipe de pesquisa.
Evidências de uma relação complexa
A análise detalhada do esqueleto revelou aspectos fascinantes sobre a vida deste animal, tais como:
- Sinais de cuidado humano: Vértebras fraturadas que cicatrizaram sugerem que o animal pode ter recebido tratamento ou proteção de humanos durante sua recuperação;
- Marcas de violência: Perfurações na escápula indicam que a fêmea possivelmente foi morta por humanos, através de um ataque intencional com lanças ou flechas.
Esta dualidade de cuidado e violência levanta questões intrigantes sobre a complexa natureza da relação entre humanos e canídeos no final do Pleistoceno.
O futuro da pesquisa
A equipe científica agora planeja conduzir análises de DNA do fóssil para responder a uma pergunta crucial: este "cão paleolítico" representa um ancestral direto dos cães modernos ou pertence a uma linhagem evolutiva que acabou extinta?
"Esta descoberta sugere que a domesticação canina foi um processo muito mais gradual e complexo do que anteriormente pensávamos", afirmam os pesquisadores. "Não foi simplesmente uma transição de lobo para cão, mas um longo caminho com muitas nuances e possíveis retrocessos."
Impacto na compreensão da domesticação animal
O achado na França se soma a outras evidências arqueológicas que redefinem a compreensão sobre como os primeiros humanos começaram a domesticar animais. Os cães são considerados a primeira espécie domesticada pelo homem, precedendo a domesticação de animais de fazenda por milhares de anos.
Para os amantes de cães e interessados em arqueologia, esta descoberta oferece uma janela fascinante para o passado, pois mostra como a relação especial entre humanos e caninos começou a se formar há dezenas de milhares de anos, muito antes do surgimento da agricultura e das primeiras civilizações.
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