
Dois artefatos anglo-saxões datados do século VII foram encontrados por amadores em um campo no sudoeste da Inglaterra. As peças, uma cabeça decorativa de corvo e um objeto de ouro cravejado de granadas, foram localizadas durante buscas com detectores de metal e estão sendo avaliadas pelo Museu Britânico. A descoberta pode indicar a presença de um importante sítio arqueológico na região.
Os achados ocorreram no dia 08 de janeiro deste ano. Paul Gould, integrante do Grupo de Detecção de Metais da Nona Região, encontrou um pequeno objeto metálico achatado ao fim de um dia de buscas. A peça é uma faixa de ouro decorada com granadas triangulares e pequenas contas douradas e pode ter sido parte de um anel ou ornamento cerimonial anglo-saxão.
Pouco depois, Chris Phillips, colega de Paul, localizou nas proximidades uma escultura em forma de cabeça de corvo, considerada ainda mais significativa. O achado apresenta um olho vermelho feito de granada, além de detalhes dourados que adornam penas estilizadas.

A descoberta foi documentado e divulgado por Phillips no canal dele no YouTube. "É inacreditável — estou um pouco emocionado", descreveu Phillips na publicação.
Conteúdos relacionados:
- Naufrágio que matou 16 pessoas no século 19 é encontrado
- Parte de arma de bronze do século 17 é achada na Rússia
- Vulcão mais antigo do mundo está localizado no Pará
Análise inicial e possíveis interpretações
Segundo os responsáveis, uma limpeza inicial revelou que o lado direito da cabeça de corvo não possui o olho de granada, mas apresenta narinas esculpidas. Além disso, também foram identificados pequenos pinos internos, sugerindo que a peça teria sido fixada em outro objeto, possivelmente um chifre de beber, que era comum na cultura germânica e nórdica.
O simbolismo do corvo é recorrente em registros históricos e mitológicos europeus, sendo associado à morte e à guerra, além de figurar como um dos símbolos do deus Odin, na tradição nórdica. No entanto, o significado exato dos objetos encontrados ainda é incerto.
Peças passam por avaliação no Museu Britânico
Após a descoberta, os detectoristas informaram o proprietário do terreno e acionaram o agente local do Programa de Antiguidades Portáteis, do governo britânico. O programa incentiva cidadãos a relatarem achados arqueológicos para contribuir com pesquisas históricas.
Conforme previsto pela Lei do Tesouro do Reino Unido, artefatos com mais de 300 anos compostos por metais preciosos são elegíveis para classificação como tesouro. As peças agora estão sendo examinadas e preservadas pelo Museu Britânico.
Quer mais notícias de curiosidades? Acesse o nosso canal no WhatsApp
Área pode se tornar sítio arqueológico
Ainda não está definido se os objetos pertenciam a um mesmo conjunto ou se foram depositados ali em ocasiões distintas. Diante da relevância das peças, a área onde foram encontradas passará por avaliação e talvez seja considerada um como sítio arqueológico
"Esperamos nos envolver em qualquer investigação futura do local e continuaremos a detectar com todos os procedimentos corretos em vigor", afirmou Chris Phillips.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar