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Por que letra de médico é ruim e difícil de entender?

Caligrafia é resultado de genética, cultura, prática e até tecnologia

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Imagem ilustrativa da notícia Por que letra de médico é ruim e difícil de entender? camera Letra de médico tem explicação | Divulgação/Freepik

A expressão “letra de médico” é velha conhecida dos brasileiros. Mas a verdade é que a caligrafia de cada pessoa é única — e isso vai muito além de estilo pessoal ou pressa no dia a dia. Segundo especialistas, nossa letra carrega influências da biologia, da cultura, da educação e da forma como interagimos com a tecnologia ao longo da vida.

Para a antropóloga Monika Saini, do Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar da Família da Índia, escrever à mão é uma das habilidades humanas mais complexas. Envolve a coordenação fina entre visão, cérebro e músculos — principalmente os das mãos e braços.

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A estrutura anatômica de cada indivíduo, como tamanho das mãos, firmeza dos dedos ou mesmo a posição em que se senta para escrever, interfere diretamente na forma das letras.

Mas não para por aí. Fatores culturais também moldam nossa escrita. A forma como seguramos o lápis, por exemplo, é influenciada por pais e cuidadores na infância. Na escola, a influência de professores e colegas deixa marcas duradouras. E, ao longo do tempo, o desuso da escrita à mão e a rotina acelerada tendem a tornar a letra menos legível.

A neurociência também tem explicações. Estudos da pesquisadora Marieke Longcamp, da Universidade de Aix-Marselha, na França, mostram que várias áreas do cérebro se ativam quando escrevemos — entre elas, o córtex motor e o cerebelo, que coordena os movimentos.

Já a neurocientista Karin Harman James, da Universidade de Indiana (EUA), aponta que a escrita à mão ativa mais regiões cerebrais ligadas ao aprendizado do que digitar no computador.

Em um dos estudos, crianças que aprenderam letras escrevendo à mão mostraram maior atividade cerebral ao reconhecer os símbolos, em comparação com as que apenas digitaram.

Outro experimento com universitários mostrou que quem faz anotações à mão — seja no papel ou em tablets com canetas digitais — retém melhor o conteúdo do que quem apenas digita.

O avanço da tecnologia, portanto, tem impacto direto na forma como lemos, escrevemos e aprendemos. Ainda assim, a escrita manual segue sendo uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento cognitivo e a memorização de informações.

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Portanto, da próxima vez que alguém comentar sobre sua caligrafia, lembre-se: ela conta uma história única sobre seu corpo, sua vivência e até seus hábitos de estudo.

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