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Poço Superprofundo de Kola: o impacto na ciência e tecnologia ao longo da história

Iniciado pela União Soviética em 1970, projeto alcançou 12 km de profundidade e revelou fósseis e minerais valiosos

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Imagem ilustrativa da notícia Poço Superprofundo de Kola: o impacto na ciência e tecnologia ao longo da história camera A iniciativa fez parte da disputa tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria. | Reprodução/Redes Sociais

A perfuração mais profunda já realizada na crosta terrestre fica na Península de Kola, no noroeste da Rússia. Iniciado pela União Soviética em 1970, o projeto do Poço Superprofundo de Kola atingiu 12.263 metros de profundidade e marcou um dos capítulos mais relevantes da exploração geológica moderna.

A iniciativa fez parte da disputa tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria. Na época, ambos os países buscavam avançar em diversas áreas estratégicas, incluindo a exploração das camadas internas do planeta.

Corrida tecnológica e científica

Nos anos 1960, os Estados Unidos iniciaram o Projeto Mohole, com a proposta de perfurar o fundo do Oceano Pacífico até atingir a camada que separa a crosta terrestre do manto. O plano foi interrompido por cortes orçamentários e problemas de execução.

Em resposta, a União Soviética iniciou a escavação do poço em Kola, em 24 de maio de 1970. A perfuração se estendeu até 1992, sendo encerrada pouco após a dissolução da URSS. As elevadas temperaturas no interior do poço – que chegaram a 180 °C – também inviabilizaram a continuação do projeto com a tecnologia disponível na época.

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Dimensões e relevância geológica

Com 12.263 metros de profundidade e apenas 23 centímetros de diâmetro, o poço de Kola ultrapassa a profundidade da Fossa das Marianas e equivale à soma das alturas do Monte Everest e do Monte Fuji. O local atravessou aproximadamente 1,4 bilhão de anos da história geológica da Terra.

Entre as descobertas feitas pelos cientistas soviéticos, estão:

  • Presença de água em camadas geológicas antes consideradas impermeáveis;
  • Fósseis microscópicos de organismos antigos;
  • Indícios de minerais como ouro, cobre e níquel.

Estado atual e teorias populares

Atualmente, a instalação está desativada e em ruínas. No local, restam estruturas abandonadas e uma tampa metálica que cobre a entrada do poço. O ambiente gerou rumores e teorias urbanas, como a que afirma que microfones captaram sons de gritos nas profundezas – o que nunca foi comprovado.

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Impacto na ciência e novos projetos

O Poço de Kola representou um esforço estratégico da URSS para demonstrar avanço em ciência e tecnologia, além da corrida espacial. Embora encerrado, o projeto abriu caminho para novas pesquisas sobre a composição da crosta terrestre e os processos geológicos em grandes profundidades.

Atualmente, outros países seguem investindo em tecnologias de perfuração profunda. A China, por exemplo, lançou em 2024 o navio Meng Xiang, com capacidade para escavar até 11 quilômetros abaixo do fundo do mar. A iniciativa pode representar novos avanços nas geociências e na exploração de recursos subterrâneos.

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