
Em 2021, um garoto chamado Ben fez uma descoberta surpreendente durante um passeio por uma praia em Sussex, na Inglaterra. Ele encontrou uma pedra diferente, que acabou ficando esquecida em casa por cerca de três anos — até que sua mãe, ao redescobri-la, resolveu enviar uma foto do objeto para um arqueólogo de um museu local. Esse gesto deu início a uma investigação que revelou tratar-se de um artefato pré-histórico raríssimo.
Quem recebeu a imagem foi James Sainsbury, curador de arqueologia e história social do Worthing Theatres and Museum. Ele identificou imediatamente a peça como um machado de mão neandertal, datado de cerca de 50 mil anos, pertencente à cultura musteriense — período que antecede a chegada do Homo sapiens à Europa.
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O que torna esse machado tão especial?
O machado de mão achado por Ben se destaca por seu tamanho reduzido e pelo fato de possuir fragmentos escuros em ambos os lados, características que indicam seu uso em atividades domésticas, como quebrar ossos para extrair medula. Ferramentas como essa demonstram o nível de sofisticação dos Neandertais na criação de instrumentos específicos para o dia a dia.
De acordo com Sainsbury, encontrar um artefato desse tipo em Sussex é algo raro. A presença esparsa de grupos neandertais na região pode explicar por que tão poucos objetos assim são localizados. No acervo do museu, existe apenas outro exemplar semelhante, o que valoriza ainda mais a peça encontrada por Ben.
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De onde veio o machado?
A origem exata do machado ainda é desconhecida. Ele foi encontrado na praia de Shoreham, mas arqueólogos acreditam que pode ter sido levado até lá pelas correntes de água, vindo de uma outra área. O bom estado de conservação da ferramenta reforça essa teoria, sugerindo que o artefato foi transportado naturalmente até aquela costa.
Em publicação nas redes sociais, o Worthing Theatres and Museum relatou que o machado foi achado sobre uma camada de cascalho, o que dificulta saber se ele foi perdido ali originalmente ou se chegou trazido por sedimentos marinhos. Essa incerteza aumenta ainda mais o interesse pela peça.
Impacto da descoberta no campo da arqueologia
O machado de mão está atualmente emprestado ao museu, onde permanecerá em exposição até fevereiro. A mãe de Ben, Emma, contou que ficou emocionada ao ver o entusiasmo dos especialistas diante da descoberta do filho. Ela espera que a peça inspire outras pessoas a se interessarem pela história antiga.
A instituição também parabenizou Ben, ressaltando que até arqueólogos experientes raramente encontram objetos tão antigos e bem preservados. A história é uma lembrança poderosa de que grandes achados podem surgir nos lugares mais inesperados — e por mãos ainda mais surpreendentes.
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