
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fez uma descoberta surpreendente ao analisar a pintura Dora (1934), da artista modernista Anita Malfatti. Sob a imagem de uma mulher vestida, a análise técnica revelou outra figura: uma mulher nua deitada, oculta sob a camada visível da obra.
O achado foi possível graças ao uso de radiação infravermelha (IRR) e de um equipamento de Macro XRF, que detecta os elementos químicos presentes na pintura. A análise mostrou que a imagem oculta não se trata de um simples rascunho, mas de uma pintura completa, feita com pigmentos contendo estrôncio.
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“Foi possível identificar claramente a cabeça, os braços, o corpo e até os pés da figura escondida”, afirmou Lucas Cotta, do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), responsável por operar os instrumentos utilizados na pesquisa.
Além da obra de Malfatti, os mesmos recursos tecnológicos estão sendo aplicados para examinar a autenticidade de outras pinturas, incluindo uma atribuída ao artista Di Cavalcanti. Os exames detectaram pigmentos históricos, como o azul da Prússia, além de colas de origem animal — materiais comuns em obras produzidas no século XX.
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Anita Malfatti, nascida em São Paulo em 1889, é considerada uma das pioneiras do modernismo no Brasil. Com formação artística na Alemanha e nos Estados Unidos, ela rompeu com os modelos acadêmicos da época e deixou uma contribuição decisiva para a história da arte nacional. Malfatti faleceu em 1964, mas seu legado permanece vivo nas discussões sobre arte moderna no país.
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