Fazer chá pode revelar sinais iniciais de Alzheimer

Um gesto cotidiano, como preparar uma xícara de chá, pode esconder sinais sutis de um problema grave. O que parece ser apenas distração pode, na verdade, ser o início de um processo neurológico mais complexo: o Alzheimer.

Esse é o princípio do chamado “teste da xícara de chá”, uma ferramenta não oficial, mas reveladora, citada por uma enfermeira do The Good Care Group, no Reino Unido. Ele consiste em observar como alguém realiza etapas comuns do preparo da bebida: ferver a água, encontrar os itens, servir.

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Nesse sentido, esquecer onde está a chaleira, interromper o processo sem motivo ou não lembrar onde ficam os utensílios pode indicar algo mais sério que uma simples distração.

Essas pequenas falhas podem ser um dos primeiros sinais do Alzheimer, doença neurodegenerativa que, no início, se manifesta de forma sutil: dificuldade de concluir tarefas cotidianas, lapsos de raciocínio, confusão temporal e espacial, alterações de linguagem e comportamento.

A progressão é lenta, mas constante. O que começa como esquecimento pode evoluir para limitações severas, como incapacidade de falar, andar ou engolir. Em fases avançadas, o paciente passa a depender integralmente de cuidados. A expectativa de vida após o diagnóstico varia entre três e 11 anos, mas há casos em que a doença acompanha a pessoa por mais de duas décadas.

Apesar de ainda não haver cura, os tratamentos vêm avançando. Medicamentos modernos conseguem desacelerar o avanço do Alzheimer, preservando por mais tempo a autonomia e a qualidade de vida.

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Por isso, qualquer sinal diferente, mesmo em uma situação trivial como preparar um chá, pode fazer toda a diferença. Detectar cedo é o primeiro passo para cuidar melhor.