
Por décadas, acreditava-se que um dos animais mais enigmáticos dos mares tivesse desaparecido das águas sul-africanas. O peixe-serra gigante, espécie rara e de aparência singular, lembrada pelo focinho que remete a uma serra ou mesmo a uma guitarra, era tratado como extinto na região do Cabo Oriental desde o final dos anos 1990.
A surpresa veio quando moradores locais se depararam com a carcaça do animal encalhada na costa. Apesar de estar parcialmente deteriorado e com sinais de mordida de um possível predador, o achado foi celebrado pela comunidade científica como um marco. O último registro da espécie no país havia sido feito há 26 anos.
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O responsável pela descoberta foi o morador Mike Vincent, que fotografou o peixe e enviou a imagem a Kevin Cole, pesquisador ligado ao Museu de East London. Ao reconhecer o exemplar, Cole descreveu o momento como “inesquecível” e destacou a importância simbólica do encontro.
Mais do que uma curiosidade, a ocorrência reacende esperanças de que populações de peixe-serra ainda possam habitar a costa leste da África do Sul. Avistamentos recentes em praias próximas já vêm sendo reportados, sugerindo que a espécie pode estar em um processo de recuperação.
Cientistas ressaltam, porém, que o animal encontrado apresentava lesões significativas, possivelmente provocadas por orcas ou por necrófagos marinhos. Sem coleta da carcaça para análise genética, as causas exatas permanecem incertas.
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Conhecidos como “metade motosserra”, os peixes-serras pertencem à família das raias, apesar de sua semelhança com tubarões. Seu longo focinho serrilhado é usado tanto para escavar o fundo do mar quanto para capturar presas, sendo uma das características mais fascinantes desse grupo de animais.
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