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DIVERSIDADE LINGUÍSTICA

Saiba como chamam a mucura em outras regiões do Brasil

De saruê a mucura, o gambá é conhecido por diferentes apelidos em várias regiões, mas mantém um papel fundamental no ecossistema

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Imagem ilustrativa da notícia Saiba como chamam a mucura em outras regiões do Brasil camera Também chamado de mucura no Norte, o gambá tem vários apelidos pelo Brasil. De Cassaco a Raposinha, esses nomes refletem a diversidade cultural do país. | Reprodução/Instituto Últimos Refúgios/ Leonardo Merçon

No Brasil, um pequeno marsupial com um grande papel ecológico é conhecido por diversos nomes dependendo da região onde habita. Um desses apelidos é "mucura", utilizado principalmente na região Norte. Mas, ao longo do país, o gambá assume diferentes denominações, refletindo a diversidade cultural e linguística do país.

O gambá é um animal fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas e desempenha funções importantes como o controle de insetos e a dispersão de sementes. No Brasil, existem quatro espécies de gambás pertencentes ao gênero Didelphis. Cada uma dessas espécies tem uma área de ocorrência específica e, por consequência, são conhecidas por diferentes nomes em distintas regiões.

O Didelphis aurita, por exemplo, conhecido como Gambá-de-orelha-preta, ocorre em áreas de floresta e campos nos estados do Nordeste, Sudeste e Sul. Já o Didelphis albiventris, ou Gambá-de-orelha-branca, tem distribuição expandida para o Centro-Oeste do Brasil. O Didelphis marsupialis, ou Gambá-comum, é uma das espécies mais amplamente distribuídas, habitando regiões do Brasil e se estendendo até o México. Por fim, o Didelphis imperfecta, ou Gambá-amazônico, é encontrado principalmente nas florestas tropicais da região Norte.

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Mas o que realmente chama atenção é a variedade de nomes que o gambá recebe em cada canto do país. Segundo a bióloga Iasmin Macedo, coordenadora do Instituto Últimos Refúgios, os diferentes nomes são comuns e refletem a rica diversidade regional do Brasil. Em uma entrevista ao Portal iG, Iasmin explicou que, no Nordeste, o animal é conhecido como Cassaco, Sarigué, Ticaca, Taibu ou Sarigueira.

Na região Norte, o termo mais popular é "mucura", enquanto no Sul do país o gambá é apelidado de Raposinha. No Sudeste, os nomes mais comuns são Saruê e Timbu, e no Centro-Oeste, o apelido que prevalece é Micurê. A bióloga destacou ainda que, apesar de a mesma região utilizar diferentes nomes, esses apelidos acabam se misturando entre as populações.

A troca de nomenclaturas é algo observado frequentemente nas redes sociais. Iasmin contou que, ao divulgar informações sobre o gambá em postagens, muitas pessoas comentam sobre o nome regional pelo qual o animal é conhecido. "Quando postamos que no Espírito Santo os gambás são chamados de gambás, é comum as pessoas comentarem: 'Eu moro aqui e chamamos de Saruê'. Recebemos muitas dessas mensagens, o que é muito legal", comentou a bióloga na entrevista.

Essa diversidade de nomes também revela como a comunicação sobre a fauna brasileira é dinâmica e plural. O gambá, embora receba diferentes denominações, tem uma presença marcante em várias regiões, cumprindo a uma função ecológica de forma uniforme por todo o país.

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É interessante notar que, além dessas espécies encontradas no Brasil, existe uma outra espécie de gambá, o Didelphis virginiana, que habita áreas do Canadá, Estados Unidos e México. Essa espécie é mais conhecida por nomes como Opossum ou Zarigüeya e possui características semelhantes às espécies brasileiras.

Além da curiosidade de receber diversos nomes a depender do localidade em que é encontrado, o gambá, ou mucura como é chamado no Norte, é muito mais do que um simples nome regional. Ele é um símbolo da biodiversidade brasileira, que reflete também a riqueza de idiomas, dialetos e tradições culturais que marcam cada canto do país. Apesar das diferentes formas de chamá-lo, ele é considerado um animal essencial para a manutenção do equilíbrio natural.

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