A busca pela Arca de Noé, um dos mistérios mais intrigantes da arqueologia, recebeu um novo impulso com o possível descobrimento de vestígios da embarcação na Turquia. Localizada no leste do país, a Formação de Durupınar tem atraído a atenção de especialistas que acreditam que a estrutura rochosa com formato de navio possa ser a tão procurada Arca, descrita nas escrituras sagradas.
Situada a aproximadamente 30 quilômetros do Monte Ararat, tradicionalmente associado ao local onde a Arca teria repousado após o Dilúvio, a Formação de Durupınar será novamente escavada em uma nova expedição arqueológica, liderada pelo pesquisador e aventureiro norte-americano Andrew Jones, que conduz um projeto em parceria com universidades turcas.
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O formato peculiar da formação rochosa foi inicialmente identificado por um piloto da Força Aérea da Turquia no final dos anos 1950, mas ganhou destaque nas décadas seguintes, especialmente após um criacionista americano sugerir que a estrutura seria remanescente da Arca de Noé. Desde então, o local tem sido objeto de controvérsias, atraindo a curiosidade de geólogos, arqueólogos e entusiastas da história bíblica.
Embora muitos estudiosos ainda defendam a ideia de que a formação rochosa é resultado de um fenômeno geológico natural, o arqueólogo Andrew Jones, que lidera a atual expedição, refuta essa hipótese. "Análises recentes apontam para indícios de intervenção humana", afirmou o pesquisador. De acordo com ele, as varreduras por radar realizadas na área revelaram a presença de estruturas retangulares subterrâneas, além de sedimentos marinhos e restos de organismos aquáticos, possíveis evidências de uma embarcação antiga.
Escavações e novas análises
A equipe de Jones já iniciou as preparações para uma nova rodada de escavações no local. O projeto inclui a coleta de amostras de solo e o uso de radar de penetração terrestre para procurar vestígios de madeira ou outros materiais orgânicos que possam confirmar a presença de uma estrutura construída.
"Estamos confiantes de que a área guarda sinais de construção, embora a presença de limonita, um mineral que pode dificultar a detecção de estruturas preservadas, seja um desafio adicional", explicou Jones. A equipe também prepara um plano de conservação para proteger o local, pois a região é sujeita a invernos rigorosos e à intensa atividade geológica, o que pode afetar a integridade dos achados.
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Evidências de milênios atrás
Análises preliminares realizadas em 22 amostras de solo coletadas em Durupınar revelaram sedimentos marinhos, argilas e conchas fossilizadas, com idades estimadas entre 3.500 e 5.000 anos, um período que coincide com a narrativa bíblica do Dilúvio e com relatos semelhantes no Alcorão. De acordo com Jones, esses resultados são um indicativo de que a formação rochosa pode não ser um fenômeno natural, mas sim os restos de uma grande embarcação.
"O pH do solo e a presença de matéria orgânica sugerem que o local pode ter abrigado uma estrutura construída artificialmente", afirmou o arqueólogo. "Os resultados apontam para algo que vai além de uma formação natural", concluiu.
A possibilidade de que a Formação de Durupınar seja, de fato, os restos da Arca de Noé, ou, ao menos, de uma estrutura relacionada ao evento bíblico, continua a intrigar pesquisadores e curiosos. Com as escavações programadas para começar nos próximos meses, a comunidade científica aguarda ansiosa por novas descobertas que possam finalmente resolver esse mistério milenar.
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