No fundo das águas remotas das Ilhas Salomão, onde o azul profundo parece guardar segredos de séculos, pesquisadores se depararam com uma criatura marinha cuja grandiosidade rivaliza com a de um prédio de dez andares. A descoberta – um coral solitário da espécie Pavona clavus, com mais de 30 metros de largura - reacendeu discussões sobre o impacto do aquecimento global nas gigantescas criaturas marinhas que habitam os oceanos. Essa revelação, quase cinematográfica, coloca em foco tanto a exuberância quanto a fragilidade desses colossos submersos.
O coral encontrado não é uma colônia, como ocorre na maioria dos recifes, mas sim um único organismo formado por milhões de pólipos geneticamente idênticos, crescendo lentamente ao longo de séculos. Diferentemente dos recifes que sofrem com o branqueamento acelerado, ele parece ter desafiado o tempo e o ambiente, consolidando-se como o maior exemplar já registrado do tipo, superando o recorde anterior da Samoa Americana, que contava com "apenas" 22 metros.
CONTEÚDO RELACIONADO
- Homem guarda rocha pensando ser ouro e descobre que é mais preciosa
- Pastor sul-africano viraliza ao dizer que cura fiéis com puns
- Veja como bloquear de vez as ligações de telemarketing do celular
Visto de cima, o coral forma uma estrutura arredondada e maciça, cuja aparência mais lembra uma montanha submersa do que um organismo vivo. Pesquisadores sugerem que ele pode ter começado a se formar ainda no período napoleônico, graças à sua taxa de crescimento extremamente lenta.
Quer mais notícias de curiosidades? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.
POR QUE ESSA DESCOBERTA É TÃO EXCEPCIONAL
Além das dimensões colossais, o coral das Ilhas Salomão intriga os cientistas pela resiliência. Em um cenário global em que recifes estão cada vez mais ameaçados, encontrar um organismo tão antigo e intacto é raro. O tamanho extraordinário o torna único entre as criaturas marinhas conhecidas, e sua simples existência lança luz sobre o quanto ainda ignoramos do Pacífico Sul.
AS AMEAÇAS QUE COLOCAM OS CORAIS EM RISCO
A descoberta, no entanto, vai além do fascínio. Ela reforça um alerta sobre o estado atual dos oceanos. A elevação das temperaturas marítimas tem causado ondas de calor inéditas e branqueamento em escala global. Desde 2023, cerca de 75% dos recifes sofreram algum grau de branqueamento, levando à morte de inúmeras espécies que dependem desses ecossistemas.
Corais gigantes como o da Pavona clavus são particularmente vulneráveis: com crescimento lento, qualquer dano pode ser irreversível.
O QUE FAZER PARA PRESERVAR AS CRIATRAS MARINHAS
Mesmo diante de um cenário preocupante, existem medidas individuais que fazem diferença:
- Apoiar a pesca sustentável
- Reduzir o uso de plásticos descartáveis
- Preferir protetores solares biodegradáveis
- Compartilhar informações confiáveis sobre preservação
Cada pequena escolha contribui para evitar que gigantes silenciosos como o coral das Ilhas Salomão desapareçam antes mesmo de serem completamente compreendidos.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar