12 imagens que mostram como eram os lanches escolares ao longo das últimas décadas

Há centenas de anos, crianças vão para a escola e precisam se alimentar durante o período que estão lá. No Brasil, é comum que o lanche seja feito num pequeno intervalo entre as aulas, já que a maior parte dos estudantes passa só um período na escola. Mas em várias partes do mundo (até mesmo por aqui, é verdade), a necessidade de estudar por um período integral faz com que a refeição deva ser muito mais completa.

Com o passar dos anos, o avanço das estratégias de saúde pública, decisões políticas e de negócios modificou a qualidade das refeições oferecidas nos ambientes escolares, principalmente nos Estados Unidos. Ao longo de décadas, a experiência de comer na escola foi transformada, passando de lanches comuns a pratos completos, encontrando até mesmo as redes de fast-food no caminho.

Aqui está um pouco da evolução da alimentação nas escolas ao longo dos anos, inspirada nas refeições servidas em escolas integrais dos EUA.

1 – 1900

A maioria das crianças da época voltava para casa para fazer suas refeições. Em algumas comunidades rurais, era comum que as comidas fossem levadas de casa. Em locais como Boston e Filadélfia, algumas organizações passaram a fornecer comida para as crianças, que recebiam bolachas, sopas e leite. Em algumas situações, as refeições eram compostas de tortas, pães e feijão.

2 – 1910s

Na década posterior, organizações voluntários se tornaram a principal fonte de refeições escolares. No ano de 1912, mais de 40 cidades já contavam com grupos que preparavam lanches vendidos a apenas 3 centavos. Por essa valor, os estudantes tinham direito a pratos de sopa ou arroz acompanhado de pão. Por centavos extras ainda poderiam ter acesso a uma sobremesa. Em algumas escolas, o trabalho voluntário era feito a partir de doação de ingredientes das próprias famílias.

3 – 1920s

Nessa época, especialistas em saúde e nutrição perceberam que muitas escolas e famílias estavam deixando os alunos sem comida saudável, restritos a batatas ou cafés. As escolas começaram a observar isso e algumas ensinavam os alunos a cozinhar. Com o tempo, o preparo de comidas ajudou a criar o caminho para restaurantes e lanchonetes dentro das escolas.

4 – 1930s

Com a chegada da depressão econômica, o governo passou a comprar comidas de propriedades rurais para destinar a programas de refeições escolares. Como resultado, os estudantes passaram a comer mais carne, mas organizações de saúde ainda exigiam pratos mais balanceados. Alguma das primeiras tentativas de refeições equilibradas recomendava a combinação de manteiga de amendoim com queijo ou molho de salada como recheio para sanduíches.

5 – 1940s

Na década de 40, todo o país já tinha programas de refeição financiados pelo governo. Porém, durante a Segunda Guerra Mundial, o setor sofreu uma crise e deixou estudantes sem comida. Depois da guerra, o programa voltou, ainda apostando em negócios com propriedades rurais. O problema é que as instituições recebiam apenas as sobras e, muitas vezes, as comidas estragavam. O governo reconheceu a necessidade de oferecer alimentos balanceados e começou a financiar agências especializadas.

6 – 1950s

No ano de 1952, o negócio de produção de refeições escolares já valia $415 milhões. Empresas privadas começaram a fazer contratos com as escolas e, inspirados nas filosofias pós-guerra, ofereciam pratos ricos em proteínas, com muitas carnes e queijo, geralmente acompanhados de sobremesas e sucos.

7 – 1960s

Várias escolas começaram a centralizar a produção de comida, contando com trabalhadores destinados a focar apenas nos pratos dos estudantes. Crianças podiam contar com os tradicionais sanduíches de manteiga de amendoim e geleia, além de bolos de carne, peixes e purês de batata. Refeições que antes eram consideradas étnicas, como pizza ou chilli, também começaram a ganhar espaço nas escolas.

8 – 1970s

Com o crescimento das redes de fast-food, era difícil convencer os estudantes a se contentar com saladas e pratos equilibrados. As escolas começaram a oferecer hambúrgueres, batatas fritas, frangos fritos e doces diversos em seus menus. Ao fim da década, uma medida nacional considerou que as escolas apenas precisavam oferecer um “mínimo valor nutricional” para as refeições servidas.

9 – 1980s

Com novas determinações da década, comidas processadas passaram a dominar as lanchonetes e restaurantes das escolas. Nuggets, cheeseburgers, pizzas e chocolates eram opções presentes por todos os lados. Na época, algumas empresas decidiram lançar refeições completas em embalagens de alimentos processados, oferecendo o que muitos acreditavam ser a solução perfeita para a situação.

10 – 1990s

Ao invés de tentar apenas imitar as redes de fast-food, muitas escolhas permitiram que os próprios restaurantes tivessem lugar dentro das instituições. As escolas ganhavam o dinheiro de redes como McDonald’s e os restaurantes poderiam vender seus produtos para o público jovem. Para os estudantes era uma época deliciosa, mas com o aumento de problemas de saúde como a obesidade, a saúde não era a maior das preocupações da época.

11 – 2000s

Em meados de 2005, metade das escolas de todo o país já oferecia fast-food em suas lanchonetes. Por um lado as instituições precisavam do dinheiro das grandes empresas de alimento e refrigerante, por outro precisavam se preocupar com os alarmantes índices de obesidade. Várias escolas começaram a trocar seus menus, oferecendo carnes de verdade e frutas e vegetais frescos. Foi a época de fazer acordos com menos empresas de fast-food e mais empresas de comida orgânica.

12 – 2010s

Em 2010, o então presidente Barack Obama assinou uma medida que determinou a reconstrução dos planos alimentares das escolas. A alimentação saudável ganhou força – não só nas escolas, por conta do crescimento das tendências fitness e orgânicas. Algumas escolas passaram a cultivar vegetais para que os estudantes tivessem participação no processo de produção dos alimentos.

O que achou da evolução dos alimentos dentro das escolas? Como será que que a situação vai ficar nas próximas décadas? Atualmente, parece que a tendência é buscar equilíbrio e alimento saudáveis, mas por quanto tempo isso deve se manter?

Fonte: Fatos Desconhecidos