Com a partida de muitos membros da família, um chifre da ex- namorada com um americano "bonitão", e uma vida toda como "uma verdadeira história de terror", o mais fácil é rir é pra não chorar, não é mesmo? E não é  rir de nervoso, não. É fazer com que momentos difíceis, ganhem tons bem humorados, como, por exemplo, a situação do transporte público em Belém.

Foi isso que o morador do Coqueiro, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, Marcelo Carvalho, de 34 anos, resolveu fazer: rir dos próprios problemas.

Há três anos, o autônomo descobriu a paixão pelo humor e não deu outra: embarcou de cabeça no mundo das gargalhadas. 

"Trabalho em eventos, sabe? Tinha um canal no Youtube, mas eu perdi. Tô querendo começar tudo de novo porque é o que eu gosto de fazer", comenta Marcelo.

Uma das situações vivida por ele acabou virando um rap bem humorado. Na letra, o humorista conta a história de um encontro que não deu muito certo. Além do coração machucado por não poder estar no encontro com a garota dos sonhos, o paraense ainda teve que equilibrar a tristeza com o calor de dentro de um coletivo no sol de julho que só tem em terras paraenses. 

"Uma moça que eu era muito a fim me deu uma chance, fui na casa dela, mas o bonde deu prego, e eu só tinha duas passagens. Tive que voltar pra casa e o motora vinha completamente possuído naquele calor infernal", detalha ele, rindo. 

Aproveitando o embalo, Marcelo quer apenas um empurrão pra viver do que mais gosta: fazer os outros sorrirem. 

"Tô empolgado, quero compor mais. Uma hora as coisas boas acontecem, né?! A gente precisa acreditar", diz ele, que ainda destaca que viu na arte uma forma de lutar contra a depressão e sentimentos ruins devido às grandes perdas que teve e a luta do dia-a-dia. 

"Todo mundo tem algum talento. E em algum momento vai despertar", conclui ele. 

Foto: Arquivo pessoal

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