As condutas dos profissionais de saúde devem ser seguidas à risca, especialmente por lidarem diretamente com a vida e o bem-estar dos pacientes.
Um médico infectologista é investigado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) após denúncias recebidas.
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Conhecido como "Doutor Peludo", Lino Neves da Silveira mantinha relacionamentos sexuais explícitos com pacientes e até colegas de profissão nas dependências de uma clínica onde atendia. As cenas eram publicadas pelo médico em uma conta secreta no Twitter. A última das publicações foi feita em 22 de maio, no último domingo.
Na rede social, o médico de identifica pelo nickname de “PeludoAN”, abreviação para Asa Norte, bairro de classe média alta de Brasília. Lino gosta de explorar o próprio fetiche: após registrar as relações sexuais, seja por foto ou vídeo, ele compartilha o conteúdo pornográfico no perfil, com direito a legendas provocativas. “Consultório me dá um tesão da p*”, diz o médico, logo na autodescrição na rede social.
CONTEÚDO EXPLÍCITO
Durante as filmagens, Neves faz uso, na maior parte das vezes, de objetos bastante conhecidos da profissão: jaleco e estetoscópio. Todo o aparato é utilizado, aparentemente, para comprovar que as cenas foram feitas no local de trabalho, em pleno plantão.
Nos vídeos, bastante explícitos, Neves foca em cenas de sexo oral seguidas de sexo com penetração. O perfil dos pacientes é variado: loiros, morenos, cabeludos ou carecas.
O fetiche por homens casados é escancarado quando o personagem das filmagens é um paciente que usa aliança dourada na mão esquerda. “C* de casado é bom demais pra cair de cara”, escreveu o médico numa das legendas dos vídeos.
“Consultório já viu: tesão na certa, com o tanto de macho gostoso que passa comigo”, diz Lino em outra publicação. Entre os posts, há também registros de sexo grupal com outros homens. Esses, porém, feitos em ambiente doméstico.
Nas filmagens, expostas em perfil aberto, o especialista em infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) engole o sêmen de um suposto enfermeiro. “Se tem mamada, tem leitada. Tá aí o final da mamada com o enfermeiro no meio do plantão. Não resistiu ao meu oral e ainda ganhei p* pra trabalhar até o final e feliz”, registrou em outra legenda.
CELULAR ROUBADO
Além de ser denunciado e investigado pelo CRM-DF, o médico procurou a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) para abrir Boletim de Ocorrência, onde afirma que foi vítima de assalto em fevereiro. Desde então, Lino Neves não tem acesso às contas do Instagram e WhatsApp.
O roubo teria ocorrido durante uma viagem ao Rio de Janeiro (RJ), mas o boletim de ocorrência só foi registrado no DF. No documento policial, Lino afirma que alguém, usando seu perfil na rede social, passou a aplicar vários golpes se passando por ele.
Segundo consta no B.O, um dos seguidores do médico viu uma postagem da suposta venda de um videogame em seu perfil, entrou em contato e chegou a fazer uma transferência via Pix para o golpista.
Na tentativa de ajudar a Polícia Civil do DF (PCDF) a identificar o responsável pelo golpe, o infectologista passou todos os dados da chave Pix que conseguiu. Nela contava e-mail e CPF do destinatário do dinheiro. O e-mail de recuperação da conta foi mudado assim como o número de telefone.
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