
Em tempos de conectividade global e megaconstelações de satélites, fenômenos no céu vêm se tornando cada vez mais frequentes - e nem sempre são causados por "estrelas cadentes". No interior da Amazônia, onde o céu noturno costuma ser um espetáculo à parte, qualquer clarão inesperado ganha contornos de mistério e fascínio popular. Foi exatamente o que aconteceu na última segunda-feira (2), quando uma intensa luz cruzou os céus de Itaituba, no sudoeste do Pará, provocando surpresa e viralização nas redes sociais.
A aparição da luz misteriosa, que riscou o céu da cidade e foi registrada em vídeos que rapidamente se espalharam, não só intrigou moradores como também gerou uma enxurrada de reações na web. No Instagram, o perfil itaitubamemes foi tomado por comentários que misturaram teorias, humor e espanto. Alguns usuários apostaram em explicações científicas, como a reentrada de satélites desativados ou fragmentos espaciais, enquanto outros preferiram brincar com a situação: "Finalmente os Saiyadins chegaram à Terra", escreveu um seguidor. "Eu voltando pro lobby depois do meu ping ficar 999", ironizou outro.
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Houve quem evocasse referências da cultura pop - "Goku passando na nuvem voadora", "Tony Stark chegou!", "Foi o Optimus Prime" - e até teorias religiosas: "Evangélicos: Jesus voltando", comentou uma usuária, ao que outro respondeu: "Mais um sinal da volta de Jesus". Entre os mais criativos, houve quem atribuísse o fenômeno ao "surfista prateado" ou ao "homem de ferro chegando pra salvar a cidade".
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O vídeo, além de viralizar rapidamente, revelou o espírito irreverente dos internautas da região. Como resumiu um comentário curtido por centenas de pessoas: "O vício desgraçado de ler os comentários véi".
O QUE DIZ ESPECIALISTA SOBRE FENÔMENO LUMINOSO
Na opinião do professor Luís Carlos Bassalo Crispino, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física da UFPA e coordenador geral do Núcleo de Astronomia da universidade, o fenômeno pode ter origem natural, embora precise de mais dados para uma confirmação.
"Teria que ver com mais calma e atenção. O ideal seria termos outras imagens. De qualquer forma, em uma primeira análise parece um conjunto de meteoros na atmosfera, sendo um maior e alguns menores. Também pode ter sido inicialmente um só meteoro que foi se fragmentando em pedaços menores", avaliou Crispino.
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