A relação do consumidor brasileiro com produtos do dia a dia, da pomada de cabelo ao tempero do almoço, nem sempre é tão simples quanto pegar algo na prateleira. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por revisar e fiscalizar tudo o que chega ao público, atua justamente para impedir que itens aparentemente inofensivos representem riscos reais à saúde.
E, nesses casos, quando irregularidades são detectadas, a resposta costuma ser imediata: da suspensão de lotes específicos a proibições amplas que atingem fábricas inteiras.
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Nos últimos anos, decisões da Anvisa reacenderam debates sobre segurança, transparência e responsabilidade no setor produtivo. A seguir, relembre alguns dos casos mais marcantes que levaram produtos muito conhecidos a sair do mercado, temporária ou definitivamente.
Pomadas para cabelo: intoxicação e cegueira temporária
Em 2023, o país acompanhou uma das maiores ações sanitárias envolvendo cosméticos. Após centenas de relatos de irritação grave nos olhos e casos de cegueira temporária, a Anvisa interditou todas as pomadas modeladoras e para tranças disponíveis no país.
Testes encontraram substâncias em concentrações perigosas em diferentes marcas. Meses depois, a liberação foi retomada apenas para produtos que passaram por uma nova e rígida bateria de análises.
Temperos e molhos Fugini: falhas graves na produção
No mesmo ano, uma inspeção em uma unidade da Fugini, em São Paulo, levou à suspensão de diversos itens da marca. A fiscalização revelou problemas estruturais e riscos de contaminação microbiológica. Avaliações externas confirmaram a presença de fungos e até ovos de parasitas em amostras de molho de tomate.
Toddynho: dois recalls que marcaram época
O achocolatado Toddynho protagonizou dois episódios de grande repercussão. Em 2011, lotes enviados ao Rio Grande do Sul foram recolhidos após consumidores relatarem gosto anormal e irritação na boca, consequência de embalagens contaminadas por produto de limpeza.
Exatos três anos depois, novas unidades foram retiradas das lojas devido à presença da bactéria Bacillus cereus, ligada a quadros de intoxicação alimentar.
Azeites falsificados: fraude recorrente no país
A venda de azeites supostamente extravirgens, mas produzidos com misturas de óleos mais baratos, levou a diversas proibições ao longo do tempo. Além do prejuízo ao consumidor, o risco está na falta de clareza sobre a composição real, o que impede o controle de alergênicos e da qualidade nutricional.
Paçocas contaminadas: risco cancerígeno
Até doces tradicionais já entraram na lista de alertas da Anvisa. Em 2017, lotes de paçoca da marca Dicel foram proibidos por apresentarem aflatoxinas acima do limite permitido. Esses compostos tóxicos, produzidos por fungos, são associados a riscos de câncer quando consumidos de forma contínua.
Como saber se produto é aprovado pela Anvisa
Para consumidores que querem garantir segurança antes da compra, a checagem do registro é simples. O portal de consultas da agência permite verificar rapidamente se um medicamento, alimento, cosmético ou produto de limpeza está regularizado.
Basta acessar o sistema, escolher a categoria do item e preencher um dos campos disponíveis, como nome comercial, fabricante ou número de registro. Produtos em situação regular aparecem como “Válido”. Já status como “Cancelado” ou “Caducado” indicam que a venda é proibida.
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Se um item não aparece no sistema ou há suspeita de irregularidade, o consumidor pode registrar denúncia pelos canais de atendimento da própria Anvisa
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