O Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) promove hoje uma roda de bate-papo em homenagem ao crítico de cinema André Bazin, que faria 100 anos em 2018. Textos, críticas, seu pensamento cinematográfico e sua história serão debatidos durante o evento dedicado a este que é uma das maiores referências dos estudos cinematográficos no mundo. A programação ocorre às 18h30, na Casa das Artes, com inscrições gratuitas e emissão de certificados.  “Impossível ignorá-lo”, alerta Ismael Xavier no prefácio do livro “O Que é o Cinema?”, coletânea de ensaios de Bazin que ganhou nova edição pela Ubu Editora pelo seu centenário. E não é para menos, segundo o crítico de cinema Marco Antônio Moreira, que apresenta o evento e media a roda, e que ressalta que André Bazin (1918-58) foi fundador da “Cahiers du Cinéma” e um norte para a geração de críticos-cineastas que viriam a fazer a “Nouvelle Vague”, como Truffaut, Godard, Rohmer, Chabrol e companhia. “Na visão de Bazin, a tela é uma janela para a vida, o cinema é uma revelação do mundo para o homem, ou antes, do homem para o próprio homem”, explica.  Por esse motivo, segundo o crítico, Bazin se mostrava resistente à montagem, que para ele “fragmenta o real e induz o espectador a uma leitura unidirecional do mundo”. Ao contrário, defendia a profundidade de campo e o plano-sequência, “que dariam ao olhar a liberdade de perscrutar o real em sua pulsante e contraditória imanência”. Morreu de forma precoce, mas deixou uma vasta obra, criou diversos cineclubes, foi colaborador de dezenas de jornais e fundou, em 1951, a “Cahiers du Cinéma”, que para muitos ainda é a maior revista de cinema do mundo. “Seus pensamentos merecem ser debatidos e essa homenagem à sua obra é oportuna”, convida Marco Antônio. Serviço: Roda de cinema sobre André Bazin Quando: hoje, às 18h30 Onde: Casa das artes (Praça Santuário - Nazaré) Quanto: Gratuito com emissão de certificado.

(Diário do Pará)

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